Cerca de 15.000 simpatizantes do Ennahda, atualmente no poder, organizaram uma manifestação neste sábado no centro de Tunis para defender o direito do partido de comandar o país, que atravessa sua pior crise política desde a revolução de janeiro de 2011.

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Essa manifestação, a maior organizada pelos islamitas desde sua chegada ao poder, há 14 meses, acontece no momento em que o número dois do partido, o primeiro-ministro Hamadi Jebali, anunciou na sexta-feira a formação de um gabinete de tecnocratas rejeitado pelo Ennahda.

A manifestação, porém, é pequena se comparada às revoltas que ocorreram durante o funeral do líder da oposição Chokri Belaid, assassinado em 6 de fevereiro, que reuniram dezenas de milhares de opositores anti-islamitas.

“Deus é o maior”, “Com legitimidade e pela união nacional”, “O povo quer o Ennahda mais uma vez”, cantava o povo neste sábado na avenida central Habib Bourguiba, palco da revolução que derrubou o regime de Zine El Abidine Ben Ali.

Os manifestantes também denunciavam a França, regularmente acusada de ingerência. “Precisamos de uma união nacional, de todos e sem exceções, tirando os que se opõe à revolução”, disse Habib Ellouze, um dos líderes da ala mais dura do Ennahda. “Estamos aqui para mostrar que apoiamos a legitimidade do Ennahda e das urnas”, explicou Mohamed Beji, um manifestante.

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