Cerca de 11.000 imigrantes, principalmente cubanos, asiáticos e africanos, atravessaram neste ano a fronteira selvagem entre a Colômbia e o Panamá para peregrinar até os Estados Unidos, um número superior ao ano de 2014, informou nesta quinta-feira uma fonte oficial.
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“Até hoje (quinta-feira) passaram aproximadamente 11.000 pessoas pela fronteira de Darién (com a Colômbia). Três quartas partes são de cubanos e o restante, extracontinentais, de países como Bangladesh, Nepal, Somália, Nigéria, Gana, Paquistão e muito mais”, afirmou o diretor do Sistema Nacional de Migração, Javier Carrillo.
Este número supera os 8.000 de 2014, disse Carrillo à AFP.
Segundo o Serviço Nacional de Migração, até 12 de agosto passaram pela fronteira de Darién 11.639 imigrantes em situação irregular, dos quais 8.745 são cubanos.
Dos 2.894 extracontinentais, 50% são de Nepal, 13% da Somália, 11% de Gana e Bangladesh e 5% do Paquistão, além de Eritreia, Sri Lanka, Etiópia, Afeganistão, Síria e Iraque, entre outros.
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“Não são delinquentes, são seres humanos que estão buscando melhor qualidade de vida. Eles entram no continente americano e começam uma travessia e peregrinação para os Estados Unidos e o Canadá”, afirmou Carrillo.
Segundo as autoridades, os cubanos saem da ilha até o Equador, onde as autoridades deste país não exigem o visto.
Do Equador passam clandestinamente à Colômbia para chegar por meio do Golfo de Urabá até a localidade panamenha de Puerto Obaldía, em plena zona fronteiriça e selvagem do Caribe.
Posteriormente, seguem seu caminho pela América Central e México para chegar aos Estados Unidos e ao Canadá.
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Asiáticos e africanos percorrem caminhos similares, no entanto, segundo Carrillo, chegam ao continente americano através do Brasil, país que tampouco lhes pede o visto.
As autoridades panamenhas dão comida e atenção sanitária a estes imigrantes, aos quais concedem um salvo-conduto para atravessar o país e alcançar a fronteira com a Costa Rica.
O diretor-geral do Serviço Nacional de Fronteiras, Frank Ábego, manifestou nesta quinta-feira ao canal TVN-2 que as autoridades panamenhas compartilham com as americanas as informações destes imigrantes “para evitar que dentro dessa miscelânea se infiltre algum tipo de terrorista”.
* AFP