Os atendimentos na agência no INSS em Joinville começaram sem filas do lado de fora do estabelecimento na manhã desta quinta-feira, após mais de 80 dias de greve no setor. O público foi recebido para fazer a retirada de senhas dentro da agência e a maior parte do atendimento se dividiu em dois setores: um para a retirada das senhas e outro para as consultas de perícia.
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Após a primeira hora de atendimento no INSS, por volta das 8 horas, 110 senhas já haviam sido distribuídas. Por volta das 8h30, o sistema da agência apontava que 66 pessoas aguardavam na fila para atendimento, enquanto outras dez esperavam pela perícia médica.
Saiba o que pode ser feito sem precisar ir até a agência do INSS em Joinville
A gerência considera o movimento desta quinta-feira tranquilo e acredita que a divulgação da retomada dos trabalhos na imprensa colaborou para que parte da população buscasse informações por meio da central 135, o que contribuiu para a triagem dos atendimentos.
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Há oito peritos atendendo nesta quinta-feira, sendo três pela manhã e cinco à tarde. Até o próximo dia 16 de outubro, seguindo uma norma cumprida no INSS em todo o Brasil, alguns setores de atendimento estarão voltados ao chamado público espontâneo, que são as pessoas que se dirigem à agência sem ter consulta agendada ou informações prévias, havendo prioridade para aquelas que têm algum dinheiro a receber, como pensão ou auxílio-doença.
Segundo a gerência em Joinville, há três situações diferentes de procura: quem tinha a perícia já marcada para esta quinta em diante deve ser atendido sem problemas. Quem teve perícia marcada para os dias de greve, se ainda não conseguiu remarcar por telefone, agora deve reagendar o procedimento. Há também as pessoas que não haviam feito qualquer contato com a agência e que, agora, podem retirar senhas e iniciar os procedimentos.
Médicos continuam em greve em Jaraguá do Sul
Na agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Jaraguá do Sul, não houve grandes filas ou tumultos. No entanto, o fim da greve que parecia certo está longe do fim. Diversos trabalhadores voltaram para casa sem realizar a perícia médica marcada, o motivo é que o médico perito continua em greve.
Assim aconteceu com Olívia Naderer de 58 anos. Ela conseguiu marcar a perícia há duas semanas e está sem receber desde julho deste ano, quando realizou uma cirurgia no joelho. Ao chegar na hora do exame foi informada que a médica continua em greve.
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– Trabalho autônomo como cuidadora da minha mãe de 89 anos e da minha irmã com doença mental de 45 anos. Não tenho condições de ficar mais tempo sem receber, preciso do meu salário para pagar meu tratamento médico e pagar a cuidadora que está no meu lugar – diz.
A gerência local e os demais funcionários não estão autorizados a falarem sobre a greve e a demanda de trabalho.