O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), de Florianópolis, reduziu as cirurgias a partir desta quarta-feira (24) por conta do aumento de casos de Covid-19 e da falta de vagas de UTI em todo o Estado.
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A redução foi confirmada pela assessoria de imprensa do Cepon. Inicialmente, a reportagem foi informada de uma possível suspensão de todas as cirurgias de câncer na unidade, mas a direção do hospital negou a informação.
A medida foi motivada pela necessidade de vagas de terapia intensiva para pacientes com Covid-19, que ocorre em todo o Estado. Nesta quarta, todas as regiões de SC tinham ocupação de leitos adultos de UTI acima de 90% e vários hospitais não tinham mais vagas de terapia intensiva.
O Cepon conta com 10 leitos de UTI. Segundo a assessoria de imprensa, a instituição tinha nesta quarta-feira seis pacientes internados com Covid-19, que ficam isolados dos demais. O painel de leitos do governo do Estado mostrava até a noite desta quarta dois leitos de Covid-19 entre as 10 vagas existentes no Cepon, ambos ocupados. A plataforma indica ainda outros oito leitos para atendimentos em geral, seis deles em utilização por pacientes.
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Segundo fontes que afirmaram que as cirurgias foram suspensas, essa medida teria sido adotada para permitir a utilização de todas as vagas de UTI do local para casos de Covid-19, e não mais para pacientes clínicos de cirurgias de câncer, como costuma ocorrer. Esses casos passariam a ser atendidos em vagas criadas no centro cirúrgico, e em menor quantidade, já que não haveria o ritmo normal de cirurgias. Essas informações, no entanto, não foram confirmadas pela assessoria do Cepon.
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O aumento no tempo de espera de cirurgias de câncer como as feitas no Cepon motiva preocupações na equipe de saúde. Isso porque os procedimentos combatem doenças que podem avançar à medida que o paciente espera pela operação.
Na Grande Florianópolis, a ocupação de UTIs adulto atingiu 95,8% nesta quarta-feira. A marca superou o índice registrado no dia anterior, terça-feira, e é a segunda maior da pandemia do novo coronavírus. A região tinha apenas nove leitos disponíveis. Somente em 9 de dezembro, quando a região atingiu 96% de ocupação, houve uma proporção maior de pessoas internadas em terapia intensiva na Grande Florianópolis.
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