A novela da construção da UTI e do centro cirúrgico de alta complexidade do Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis, teve o último capítulo nesta terça-feira. A obra foi, enfim, inaugurada em um evento com a presença do governador Eduardo Pinho Moreira e do secretário de Saúde de Santa Catarina, Acélio Casagrande. Além da abertura da nova ala, a direção da unidade recebeu a confirmação de que terá um aumento nos repasses mensais do Estado. Os valores vão pular de R$ 5,9 milhões para R$ 7,4 milhões.
Continua depois da publicidade
Em 2015, um impasse entre o Governo estadual e a Fahece paralisou por quase um ano os trabalhos. A interrupção foi motivada pelo bloqueio dos repasses do BNDES que só aceitava liberar a verba quando o terreno, de propriedade da fundação, fosse doado para o Estado. Após muita discussão, a entidade devolveu o terreno ao Estado e as obras foram retomadas. No cronograma original, no entanto, os trabalhos foram atrasados em pelo menos três anos.
A primeira cirurgia no espaço recém-inaugurado está marcada para 18 de junho. A expectativa da diretora do Cepon, Maria Tereza Evangelista Schoeller, é ter 200 procedimentos por mês no local. Inicialmente, serão 120, mas em plena atividade esse número vai aumentar. A obra custou R$ 14 milhões.
— Hoje a fila de espera é de seis meses para quem precisa de uma cirurgia de alta complexidade. Agora vai cair para 60 dias — afirmou a diretora.
Até o começo desse ano, a principal reclamação da direção do centro e da Fundação de Apoio ao Hemosc e Cepon (Fahece) era a falta de repasse dos valores mensais determinados em contrato. Mas, de acordo com Pinho Moreira e com Maria Tereza, os recursos de 2018 estão regularizados. Há ainda R$ 50 milhões a serem pagos tanto para o Cepon quanto para o Hemosc. As formas de pagamento estão sendo discutidas, segundo o secretário de saúde.
Continua depois da publicidade
Para o presidente de honra da Associação dos Amigos e Pacientes de Câncer (Aspac), João Vianei, a nova unidade vai desafogar hospitais de outras partes do Estado, que hoje absorvem o atendimento represado:
— Cada paciente que entrar aqui, vai liberar o espaço de outro hospital.
Detalhes da nova estrutura
– Serão quatro salas de cirurgia, mais 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), cinco leitos de recuperação pós-anestésica, 18 leitos de internação pós-operatória e uma Central de Materiais Esterilizados (CME)
– O investimento estadual foi de R$ 14,2 milhões
– O quadro de funcionários saltará dos atuais 580 para 684. A área construída também vai aumentar em 1,5 mil metros quadrados
– A primeira cirurgia será no dia 18 de junho. Serão 120 procedimentos por mês no começo dos trabalhos, mas esse número vai aumentar para 200 gradativamente.
Continua depois da publicidade