Inicialmente anunciado para o fim de 2016, o Centro Integrado de Gestão de Riscos e Desastres (Cigerd) será inaugurado no início do ano que vem. Essa é a promessa do governo do Estado que, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 18, informou que as operações técnicas devem começar em janeiro de 2018. O prédio, localizado no Estreito, região continental de Florianópolis, pretende unificar o serviço da Defesa Civil em Santa Catarina em torno do monitoramento de fenômenos meteorológicos em todo o território catarinense.
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Por meio da integração de setores — como monitoramento e alerta, meteorologia, hidrometeorologia, geologia, mapeamento de áreas de risco, planos de contingência e ações emergenciais, gestão de crise e respostas a desastres —, o governo estadual espera prestar uma informação mais ágil e com mais qualidade ao cidadão que, eventualmente, for atingido por determinada condição climática. Na sequência, a ideia também é prestar a orientação mais assertiva à população em risco.
— O centro é o coração de tudo que está sendo feito. É aqui que vão ter as informações, é aqui que a gente tem as operações coordenadas, é daqui que saem os alertas. Tudo o que foi feito no Estado até agora foi para preparar uma rede de cobertura de dados. Aquilo que você consegue gerenciar rápido, não se transforma em desastre — esclarece o secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli.
Moratelli refere-se, principalmente, à ampliação da cobertura meteorológica a partir de três radares distribuídos pelo Estado e também ao serviço de monitoramento e alerta por SMS (mensagem de texto) — estadualizado nesta semana. O serviço ainda contará com o suporte da Defesa Civil de cada município.
— Nós agora temos a condição de ter a informação antecipada e com mais qualidade. Temos condição de operar todos os nossos equipamentos, barragens, estrutura, as defesas civis de todos os municípios e levar, através de SMS, para toda a população. O que vai ocorrer, qual é o fenômeno climático que vai ter e quais são as providências que nós vamos tomar. Santa Catarina está muito mais protegida do que estava a partir desse momento. Vamos ter uma tecnologia de primeiro mundo — acrescenta o governador Raimundo Colombo.
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O Cigerd será a base de outros 20 centros integrados de gerenciamento de riscos e desastres, dessa vez localizados em regiões estratégicas do Estado. Cada centro regional possui 160 metros quadrados, além de tecnologia para os agentes se comunicarem com a central em Florianópolis por meio de vídeo-conferência.
Com o custo de R$ 100 milhões, que podem chegar a R$ 1 bilhão se contabilizadas as barragens, os centros são uma das ações previstas pelos Estudos da Agência de Cooperação Internacional (Jica) do Japão, que elaborou uma análise aprofundada em Santa Catarina em 2011. Os levantamentos apontaram a necessidade de três ações: implantação do centro de monitoramento e alerta; mitigação de cheias; e gestão de situação de risco com deslizamentos.
