A15 minutos do Centro de Florianópolis, um vilarejo repleto de cores, sabores, aromas e boa música te espera. O Centro Histórico de São José é um bairro pequeno e aconchegante do município que conseguiu resguardar aspectos da história da cultura açoriana e da passagem de realezas como Dom Pedro II e a imperatriz Tereza Cristina, em 1845.
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Uma boa dica é chegar à tardinha, com o sol se pondo. Lá, é fácil encontrar uma vaga para estacionar sem custo, nas proximidades da Praça Hercílio Luz. O bairro é sossegado, silencioso e cheio de ruelas que você vai morrer de vontade de explorar. A arquitetura dos casarios é de encher os olhos. As cores vermelho, amarelo e azul, predominantes dos prédios históricos dos séculos 18 e 19, dão um charme todo especial ao vilarejo. Abaixo, confira lugares ótimos para visitar.
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Café da Corte
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Diferente de tudo que você já viu na Grande Florianópolis, o café é por si só uma obra de arte. Um casarão construído em 1800 que recebeu a nobre visita, em 1845, do imperador Dom Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina. Fala-se que o casal passou a noite na casa, fez três refeições e, das janelas, acenava para os moradores.
As mobílias e a decoração ajudam a voltar no tempo e se sentir como um rei ou uma rainha. Lá, é possível tomar um café elaborado em qualquer cômodo da casa. Além de boa gastronomia, que vai desde o sanduíche com pão sírio até o risoto irresistível de camarão, à noite rolam os shows com clima de um pub dos anos 1950.
A agenda das apresentações contempla jazz, MPB, samba e bossa nova. Na área externa, a beleza é de encher os olhos. À noite a lua ilumina boa parte das mesas e dos balanços de madeira distribuídos ao longo do jardim. Durante o dia é o mar que chama atenção. Um pequeno tapume leva o visitante para uma vista deslumbrante da parte insular de Florianópolis.
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Na hora de pagar a conta, os preços não são de assustar, mas é bom ir preparado. Um casal experimenta parte das delícias com até R$ 100.
Praça Hercílio Luz
O local é arborizado, tem pássaros cantando, flores cheirosas e frutas intrigantes, como a fruta-pão. Uma torre também faz parte do cenário, bem iluminado à noite e gostoso de passear. Em meio à vegetação, há um pequeno palco para apresentações artísticas.
Joy Joy Bistrô
A casa do século 19 abrigava um cartório, na Rua Getúlio Vargas. Hoje, é um restaurante sofisticado. O casario mantém o estilo das construções açorianas com um toque de requinte. No menu, nada de um lanchinho rápido. No bistrô, a refeição é para ser daquelas bem demoradas, de preferência a dois. Os pratos têm influências das cozinhas francesa e espanhola.
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A sugestão é pedir entradas à base de produtos catarinenses, como queijos coloniais e a linguiça Blumenau. Entre os pratos, estão paella de legumes com filé alto, carré de cordeiro, risoto de pato e camarões com capim-limão. A bebida também não é servida apenas para matar a sede, mas para se sentir especial. Lá, há champanhas importados com lantejoulas em ouro 24 quilates. A garrafa custa R$ 1,6 mil.
Pão-Por-Deus
O restaurante Pão-Por-Deus é um charme à parte. Pratos da culinária açoriana são degustados ao meio-dia, e deliciosas sopas, à noite. A decoração, com mesas de madeira e cadeiras de palha e poesias em corações, é inspirada na origem lusa dos “pão-por-Deus”, pedidos, formulados em versos, escritos em corações, recortados no papel. Quem recebe fica na obrigação de retribuir com um presente.
Casa de Cultura
O casarão construído para ser Câmara Municipal e cadeia, em 1854, mantém as características coloniais, com piso de assoalho e longas vidraças. Hoje, o local abriga exposições e oficinas. Quem gosta de trabalhos manuais tem a opção de se inscrever nas oficinas de origami, bonecos feitos de EVA (tipo de material) e bonequinhas da sorte, as Abayomis – sempre negras, feitas de retalho e com cerca de dois centímetros.
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