Positivo. É assim que o diretor do Bem-Estar Animal, Eliomar Russi, define o primeiro mês de atendimento do Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread), que inaugurou dia 3 de setembro. Entretanto, os 183 animais atendidos mascaram dois entraves que impedem o pleno funcionamento da estrutura localizada na Rua Curt Klein, transversal da Rua Dr. Pedro Zimmermann, na Itoupava Central. A construção que é modelo para outras 48 localidades do Brasil ainda não faz castrações e microchipagens por falta de alvará sanitário e, apesar de atender gatos, o gatil ainda não foi liberado para uso.
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O diretor da Vigilância Sanitária de Blumenau, Eduardo Weise, confirma que os documentos necessários para expedir o alvará que permite as atividades já foram encaminhados, mas não fala em prazos:
– Esta burocracia é natural. Não é porque o Cepread é um órgão público que haverá favorecimentos na emissão da liberação. Agora os técnicos farão a avaliação do pedido e depois o espaço passará por vistoria. Não posso dar um prazo, mas o alvará vai sair em breve.
Segundo Russi só é possível encaminhar os documentos do alvará após a inauguração:
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– A compra dos microchipes e dos leitores nós conseguimos fazer antes do Cepread iniciar as atividades, mas a solicitação de alvará não é algo que podemos adiantar. Estamos respeitando os prazos e essa é uma demora normal. Apesar do tempo de espera, mantemos a meta de mil castrações até o fim do ano.
O gatil também enfrenta a burocracia para começar a abrigar felinos. Segundo Russi, uma das 16 baias de recuperação será transformada na ala própria para gatos. O diretor da secretaria garante que o latido dos cães não vai atrapalhar os bichanos, pois tijolos usados na obra impedem a passagem do som.
Saldo é de 183 atendimentos
As estatísticas coletadas pelas três médicas veterinárias que atuam no Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread) apontam que até o último dia de setembro 183 animais foram atendidos. O diretor do Bem-Estar Animal, Eliomar Russi, salienta que 87 dos casos são de cães e gatos de rua. Os atendimentos são feitos através de denúncias.
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– Nossa maior dificuldade é conseguir que o denunciante passe o endereço correto. Informar que há um cachorro ferido perto de uma casa azul na Rua Amazonas é o mesmo que não passar nada, porque dali a três minutos aquele animal não vai estar lá. O tempo usado para salvar uma vida muitas vezes perdemos indo atrás dos chamados incompletos – explica Russi.
A presidente da Associação Protetora de Animais de Blumenau (Aprablu), Evelin Huscher, ainda não sentiu diferença no número de atendimentos desde a inauguração do Cepread:
– Ainda é cedo para medir que impacto o Centro terá sobre a Aprablu. O órgão ainda está se estruturando, mas esperamos que a prefeitura assuma definitivamente os casos mais graves, assim a ONG poderá se dedicar ao controle populacional.
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