Desde 1º de setembro, a Casa Rux, localizada no Rio da Luz – bairro tombado em 2007 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – passou a receber turistas e demais visitantes interessados em conhecer a edificação centenária, o museu e a loja de produtos coloniais e artesanais. Erguida na técnica construtiva enxaimel, a casa já havia sido registrada como patrimônio histórico de forma individual em 2002, pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), e em 2015, pelo Iphan.

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A iniciativa em aderir ao agroempreendedorismo e ao acolhimento turístico é de Evandro Rux, trineto do construtor, o imigrante Augusto Rux, que ergueu a moradia familiar em 1915. O produtor rural e agora agroempreendedor se mostra entusiasmado com as possibilidades que se abrem a partir da inauguração da loja de conveniência.

Ele explica que o museu contém peças, utensílios e instrumentos de trabalho que remontam à época da colonização alemã no Rio da Luz e conta que com a restauração e revitalização da edificação dos Rux, há cerca de dois anos, inicialmente havia o projeto para implantação de uma choperia no local.

Mais tarde a ideia foi adaptada para um espaço destinado à venda de produtos da colônia, como melado, geleias, compotas, temperos, pães, embutidos e cervejas artesanais da região. Porém, ele não descarta a possibilidade de futuramente transformar o local em um estabelecimento cervejeiro.

A proposta pioneira prevê a cobrança de R$ 5 de ingresso individual para os visitantes, que no caso de efetuarem compras na lojinha, esse valor é descontado. A visitação estará aberta de terça a sábado, das 8h às 11h30, e das 13h30 às 18h, com opção de reservas para grupos.

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— Nesse ramo, somos pioneiros. Quanto mais gente se unir (na proposta de acolhimento turístico), vai ser bem mais interessante. Os turistas querem conhecer mais lugares — constata Evandro Rux, otimista.

“Projeto global”, analisa superintendente do Iphan

A transformação da casa em ponto turístico atende às expectativas do Iphan, do Rotary Club de Jaraguá do Sul e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Jaraguá do Sul, que desenvolve trabalho conjunto com o intuito de fomentar o agroempreendedorismo e, consequentemente, ao agroturismo no Vale Tombado do Rio da Luz.

Em 14 de agosto, produtores rurais e agricultores familiares do bairro tiveram a oportunidade de assistir à palestra da engenheira agrônoma Lucilene Assing, que atua na assistência técnica, sensibilização e capacitação ao Projeto Acolhida na Colônia. O modelo originário da França, em 1989, e adotado no Brasil em 1999, é fundamentado na produção de orgânicos, produtos ecossustentáveis e na valorização do modo de vida no campo.

— Esta ação é reflexo de um projeto global que busca a qualificação da área. O investimento de recursos feito pelo Iphan para restauração da Casa Rux também entra nessa linha de ação, sendo que a restauração do imóvel hoje possibilita sua abertura à visitação. É uma excelente iniciativa dos proprietários, que sempre incentivamos, e que, além de trazer renda extra aos moradores, permite o acesso a todos a este patrimônio cultural, que deve ser acessível à toda a sociedade, visto que imbuído de valores que fazem parte de nossa história e memória — afirma a superintendente do Iphan em Santa Catarina, Liliane Janine Nizzola.

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Casa Rux

O quê: Loja e museu dedicados à colonização de Jaraguá do Sul

Onde: Estrada da margem direita do Rio da Luz, Rua Erwin Rux, n° 663, no Bairro Rio da Luz

Horário de funcionamento: Terças a sábados, das 8h às 11h30, e das 13h30 às 18h

Contatos: (47) 3371-8364 e 98447-5810 (Whats App)

Ingresso individual: R$ 5 (pode ser utilizado em produtos à venda).