O governo federal adiou o Censo 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) após um corte de R$ 17 milhões no orçamento. Com isso, os recursos para a pesquisa, que inicialmente eram de R$ 2 bilhões, foram reduzidos para cerca de R$ 50 milhões.
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Esse é o valor que sobrou para o IBGE realizar estudos e preparar a pesquisa. o corte foi confirmado após sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao orçamento de 2021 na quinta-feira (22).
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, confirmou nesta sexta (23) que a pesquisa não será feita neste ano.
— Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto, ele não se realizará em 2021. As consequências e a gestão para um novo censo serão comunicadas ao longo deste ano — afirmou.
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Em março, após a decisão do Congresso de cortar a maior parte dos recursos destinados à pesquisa nacional, a presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, pediu exoneração do cargo.
Diante do corte, ex-presidentes do instituto também alegaram que um novo adiamento da pesquisa deixaria “o país às cegas”.
Na época, a verba para o projeto tinha sido reduzida para cerca de R$ 70 milhões. O corte foi feito por congressistas, que têm a prerrogativa de modificar o Orçamento. O movimento do Congresso foi motivado pela busca de recursos para bancar emendas parlamentares — forma que um deputado ou senador tem de enviar dinheiro para projetos e obras em sua base eleitoral.
Ainda em março, o IBGE afirmou que a tesourada no orçamento do Censo demográfico poderia inviabilizar a pesquisa, que seria realizada em 2020 mas foi adiada para 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.
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Apesar do alerta, o Congresso aprovou o corte nos recursos da pesquisa. Nesta sexta-feira (23), Bolsonaro publicou a versão final do Orçamento, após sanção com vetos do presidente.
Além de chancelar a queda na verba do Censo, Bolsonaro fez mais um tesourada –de R$ 17 milhões.
De acordo com especialistas, o adiamento do Censo gera perda de qualidade das políticas sociais, redução na eficiência da distribuição de recursos para os municípios e descompasso nas pesquisas regulares de emprego e renda.
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