O Censo 2022, com resultados demográficos divulgados nesta terça-feira (28), identificou que Santa Catarina passou a ter 7.609.601 habitantes no ano passado. A marca manteve o histórico da população catarinense em apresentar crescimento em todos os 12 recenseamentos nacionais feitos até então, desde 1872, quando o Brasil era governado por Dom Pedro II, ainda em sua era imperial.

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No Censo anterior do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o estado tinha cerca de 6,2 milhões de habitantes. Desde então, a população só era atualizada por uma estimativa anual, que é diferente do recenseamento divulgado agora, que visitou cada domicílio brasileiro.

O IBGE trabalhava, em 2021, com a expectativa de que já existam mais de 7,3 milhões de habitantes em Santa Catarina, número que já foi superado, conforme indicou o Censo do ano passado.

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A história dos censos no Brasil

A pesquisa censitária só passou a ser feita pelo IBGE em 1940, quatro anos após ele ter sido instalado, no governo Getúlio Vargas. Desde então, a ideia era realizá-la a cada 10 anos. No entanto, em 1991, ela foi adiada em um ano devido ao atraso na contratação de servidores.

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Já o Censo 2022, antes previsto para 2020, foi suspenso naquele ano por conta da pandemia de Covid-19 e não foi viabilizado em 2021 por falta de orçamento.

Em parte desse período, os recenseamentos do IBGE identificaram uma mudança na ocupação de Santa Catarina, com as cidades cada vez mais cheias e o campo menos povoado.

Em 1950, eram 362.717 habitantes nas áreas urbanas, enquanto outros 1.197.785 viviam nas rurais. Em 1980, foi consolidada a inversão disso, com mais gente nas cidades. A partir de então, a diferença passou a ficar cada vez maior. Em 2010, 84% dos habitantes de Santa Catarina (5.247.913) viviam nas cidades e 16% (1.000.523), no campo.

A SC do Censo anterior

O Censo 2022 já conta com a divulgação dos números da população e de domicílios, mas ainda não teve especificação dos números socioecônomicos, uma outra parte da pesquisa.

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No Censo 2010, esses dados identificaram Santa Catarina como o estado mais branco do país, com 84% de seus habitantes autodeclarados com essa cor de pele. Pretos e pardos, considerados negros, somavam 15,3% da população catarinense.

A população indígena em Santa Catarina somava 18.213 pessoas naquela ocasião, com pouco mais da metade delas (9.227) vivendo dentro de territórios indígenas.

O recenseamento de 2010 também identificou um número maior de mulheres (3.148.076) do que de homens (3.100.360) no estado, ainda que por uma margem pequena, o que já era uma tendência anterior e se repetia também a nível nacional.

Santa Catarina ainda se mostrou um estado mais envelhecido, com média de idade de seus habitantes em 32,9 anos, acima do índice nacional (32,1). O número também foi maior do que o que aparecia no censo anterior, de 26,7 anos.

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O Eetado ainda teve recuo na taxa de fecundidade, que estima o número médio de filho que cada mulher local terá ao longo da vida, de 2,22 para 1,72. Entre os recém-nascidos, Santa Catarina era, junto de Minas Gerais, o estado com maior percentual de pessoas com menos de um ano já com registro civil de nascimento (98,3%).

Na educação, Santa Catarinha apresentou em 2010 a menor taxa no país de crianças de 6 a 14 anos fora da escola (2,2%). Foi também o segundo estado com menor taxa de analfabetismo de pessoas com 10 anos ou mais (3,9%), atrás apenas do Distrito Federal.

Já na economia, Santa Catarina era o estado que tinha as maiores taxas de atividade (71,6%), o percentual de pessoas com 15 anos ou mais economicamente ativas, e de ocupação (63,1%), das que efetivamente tinham um trabalho. Foi ainda o terceiro com maior renda média mensal do país entre as famílias que viviam em domicílios particulares permanentes (R$ 2.636), só atrás de São Paulo e Distrito Federal.

Aquele censo ainda identificou que Santa Catarina havia passado a ser um dos estados que mais atraía moradores no país. O IBGE identificou na ocasião que ele se tornou uma área de média absorção migratória, e não mais de baixa, com um saldo de 174.112 migrantes entre quem deixou e chegou ao Estado nos cinco anteriores à pesquisa. Só Goiás e São Paulo também haviam tido um número acima de 100 mil.

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