O Censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística começou nesta segunda-feira (1°), em todo o Brasil. Em Florianópolis, um ônibus com os recenseadores circulou pelo Centro anunciando que, até 31 de outubro, todos os domicílios da Capital irão receber uma visita do entrevistador. 

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Florianópolis e região pelo WhatsApp

Segundo o superintendente do IBGE no Estado, Roberto Kern Gomes, serão 450 recenseadores na Capital. Cada um deles fará parte de um setor censitário, e é responsável por visitar de 200 a 300 domicílios. Ele conta que o primeiro recenseado da capital foi o prefeito, Topázio Neto. 

Questionado sobre o que acontece se a pessoa não está em casa no momento que o recenseador vai até o domicilio, Gomes explicou que o IBGE irá visitar o endereço até conseguir conversar com o morador. 

— Se a pessoa não estiver em casa, a gente volta quantas vezes for necessário. A gente normalmente deixa um recado embaixo da porta do morador, dizendo que a gente vai voltar, e deixamos também um telefone também pra que ele possa entrar em contato com o IBGE e agendar uma visita.

Continua depois da publicidade

O superintendente afirma que a segurança é uma das prioridades do IBGE, e lista os itens que podem ser conferidos para garantir a identificação do recenseador. O entrevistador deverá estar usando:

  • Um colete azul marinho, com a identificação do Censo 2022
  • Um boné azul com a aba amarela, também com a identificação do Censo 2022
  • Uma bolsa azul com a identificação do Censo 2022
  • Um crachá com um QR Code

Gomes explica que o morador que quiser identificar o recenseador pode usar o celular e apontá-lo para o QR Code. Um site irá abrir, e o cidadão colocaria o número da matrícula do recenseador — que também vai constar no crachá — para verificar sua identificação. Uma outra maneira caso o morador não tenha internet ou celular, é o telefone 0800, que vai esta escrito no colete do recenseador. Na ligação, o número da matrícula também será solicitado para a checagem. 

Coordenador de treinamento do Censo demográfico de Santa Catarina, Dárcio Borges explica que a preparação dos recenseadores é feita de maneira que o cidadão se sinta seguro. 

Continua depois da publicidade

— A gente sabe que há muita insegurnaça, medo. Ele senta com o colete, com o crachá. Ele explica o motivo do Censo. Pra explicar principalmente para o morador qual o objetivo com o censo. — fala Borges.

O coordenador explica, ainda, que em caso de recusa ou hostilidade, o Censo ainda pode voltar ao domicílio:

— Mas mesmo assim quando a gente se depara com uma recusa, dificuldade, o recenseador vai ao posto de coleta e volta ao domicílio, com outro tipo de abordagem, com segurança acima de tudo. 

Dados inéditos sobre quilombolas, indígenas e pessoas com espectro autista

A edição 2022 do Censo irá trazer novidadades. Pela primeira vez, dados sobre pessoas com o espectro autista, quilombolas e indígenas irão constar no levantamento. Segundo o superintendente, um dia de treinamento inteiro é focado na abordagem em comunidades indígenas e quilombolas, que é diferente das realizadas em outros locais. 

Continua depois da publicidade

> SC tem o menor número de gravidez na adolescência, diz IBGE

— Para a questão dos indigenas e quilombolas que a gente chama de povos tradicionais, a gente tem um treinamento todo específico, porque para as comunidades indigenas a gente precisa pedir autorização para o cacique, responsável — explica.

As questões sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (Tea) irão estar no questionário de 77 questões. Segundo Gomes, as perguntas irão viabilizar a criação de políticas públicas voltadas para essa parcela da população. 

Leia também

SC confirma novos candidatos ao governo em última semana de convenções

Racismo contra filhos de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso: o que se sabe sobre o caso

Moraes assume TSE com desafio de se aproximar de militares sem afrouxar decisões