Depois de ser um espaço de eventos disputado de Florianópolis, o Iate Casablanca teve a casa de máquinas alagada nessa quinta-feira (22).

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Com atividades suspensas há quase uma década, após uma ação judicial devido ao barulho produzido no desembarque de pessoas, pode ser considerado o maior barco de passageiros do litoral do estado, conforme o diretor da Associação Náutica (Acatmar) Maurício Ventura.

Apesar do alagamento, não houve dano ambiental após a ocorrência e o barco ainda pode ser recuperado, segundo o diretor.

A reportagem da CBN Diário não conseguiu contato com o proprietário da embarcação.

Invasão da água

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Espaço de festas badaladas da Ilha durante cerca de sete anos, na primeira década dos anos 2000, o Casablhanca estava sem operar há quase uma década, atracado ao lado do Iate Clube, no Centro.

– Com o passar do tempo, o casco, embora seja de aço, acabou sofrendo com acúmulo de crustáceos. Eles ajudaram a causar uma fissura muito pequena, o que o fez ir alagando gradativamente. Com aquele vento sul, pra piorar a situação, acabou entrando água pelas vigias, que são aquelas janelinhas laterais – relatou.

Ainda segundo Ventura, a água que invadiu a casa das máquinas aumentou o peso do barco e o fez encalhar na lama.

– A Capitania dos Portos esteve no local e constatou que não houve dano ambiental. Ainda é possível recuperar o Iate, não houve dano maior nos motores. Então, é só uma questão de recurso financeiro e interesse para deixá-lo operacional – declarou.

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À frente do seu tempo

Conforme o diretor da Acatmar, o proprietário do barco chegou a elaborar projetos para construir um trapiche que pudesse ser operacional para o Casablanca na Beira-mar Norte, que acabaram não evoluindo.

De acordo com Maurício Ventura, a preocupação do proprietário e dos envolvidos no projeto ao construir o Iate era de que fosse resistente, que navegasse em águas mais rasas, como as baías Norte e Sul de Florianópolis.

– O barco era utilizado para 590 passageiros, era um ponto fora da curva, para a época, o sonho de muitos era ter um evento a bordo do Iate Casablanca. Até hoje, ele pode ostentar a fama de ser o maior barco de passageiros do litoral catarinense, quiçá do Brasil – afirmou.