Os responsáveis por um cemitério privado em Águas Mornas, na Grande Florianópolis, foram condenados pela Justiça a planejarem e executarem um projeto de estabilização do terreno. O local já registrou deslizamentos de terra e segue sob risco, problema que é alertado pela Defesa Civil desde 2020 e se agravou desde então.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Florianópolis e região no seu WhatsApp
O órgão de proteção identificou também ocorrências de rachaduras no solo e rompimento de um muro de pedras no local, à beira da rodovia BR-282. Funcionários e visitantes do cemitério Parque da Colina, além de moradores de áreas vizinhas a ele, estão submetidos a grave situação de risco geológico, conforme escreve a juíza Fabiane Gerent, que assina a sentença, da 2ª Vara da Comarca de Santo Amaro da Imperatriz.
Ela relata que a Defesa Civil e a prefeitura do município tentaram resolver o problema pela via administrativa, o que, no entanto, não funcionou, devido à postura pouco ativa das empresas Parque da Colina, dona do cemitério, e Kaf Assistência 24 horas, que tem um contrato para gerir e administrar o local.
“Essa postura, infelizmente, foi confirmada e repetida agora na etapa processual, e não apenas perante este Juízo, mas também perante outros junto aos quais tramitam ações e recursos destinados a resolver o impasse criado entre as empresas demandadas acerca da gestão e administração do cemitério”, escreve a juíza.
Continua depois da publicidade
As empresas terão agora três meses para por em prática um plano de recuperação do solo do cemitério. Caso mostrem resistência em não cumprir a decisão, a Justiça prevê aplicar multa diária de R$ 3 mil a ser dividida por elas.
A reportagem tenta contato com as duas empresas condenadas no caso.
Leia mais
Palhoça começa a vacinar crianças de 3 a 5 anos nesta quarta-feira
Serviço de táxi em Florianópolis sofre reajuste de 17% e tarifa comum chega a R$ 5,50