Com a chegada da pandemia, o tempo em frente a telas de celulares, computadores e tablets cresceu de maneira exponencial. A necessidade de estar conectado a todo momento e o uso cada vez mais precoce desses dispositivos por tempos prolongados tem causado preocupação em especialistas. Afinal, celulares e computadores fazem mal para os olhos?
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De acordo com um estudo publicado na revista Nature, a taxa de aumento de miopia em crianças em idade escolar aumentou durante a pandemia de Covid-19. O fenômeno estaria relacionado à exposição prolongada a telas e a diminuição de atividades ao ar livre.
Mas os problemas não afetam somente as crianças. O que especialistas chamam de Síndrome de Visão de Computador, pode atingir pessoas de diferentes idades e está diretamente ligada a exposição prolongada (e incorreta) a iluminação artificial de telas de diferentes dispositivos.
Quais os sintomas
Os sintomas variam desde ardência nos olhos, dores de cabeça, até visão embaçada e olhos secos. Além disso, eles podem vir acompanhados de outros problemas nos músculos e articulações, diretamente ligados a exposição aos computadores e à postura incorreta durante a utilização.
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Problema está na mira da OMS
“Problemas oculares e deficiência visual são generalizados e, muitas vezes, ainda não tratados”, afirmou o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda em 2019, quando um estudo da organização diagnosticou que pelo menos 2,2 bilhões de pessoas ao redor do planeta sofriam de problemas de visão e cegueira. Dessas, 1 bilhão possuíam problemas que ainda podem ser solucionados por meio de tratamentos médicos.
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A organização aponta como um dos problemas o aumento dos casos de miopia relacionados ao tempo cada vez maior gasto em espaços internos e períodos de trabalho. Além disso, o estudo também identificou disparidades nas populações mais afetadas com problemas de visão.

“(A incidência de problemas de visão) é geralmente bem maior em pessoas vivendo em áreas rurais, pessoas com renda baixa, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, minorias étnicas e populações indígenas”, aponta a organização.
E o tratamento?
Diferentes tratamentos podem ser feitos com pacientes diagnosticados com problemas de visão relacionados à utilização excessiva de telas. O diagnóstico deve ser feito com consulta ao oftalmologista, profissional que poderá direcionar o tratamento ideal para cada paciente.
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Além disso, atentar-se para a iluminação correta dos ambientes de trabalho e estudos, evitando com que o brilho das telas seja maior do que o do ambiente pode ajudar a evitar maiores danos aos olhos. Outro ponto importante é a distância que deve ser mantida entre a tela dos dispositivos e os olhos, recomenda-se algo entre 40cm a 70cm de distância.
*Com supervisão de Brenda Bittencourt
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