Fotos divulgadas pela empresa responsável pelo tratamento do esgoto em Blumenau revelam objetos inusitados encontrados nas tubulações da cidade. Os materiais acabam entupindo os canos e dando trabalho às equipes, que precisam desobstruí-los. Na lista estão itens como celular, chinelo, garrafa, pedaço de madeira, tênis e potes de plástico. 

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Conforme o gerente operacional da BRK, Francisco Ricardo Wessner, o que deveria ir para a lixeira é descartado no vaso sanitário ou na pia da cozinha. 

De lá, chega à tubulação na rua e às vezes até a uma das duas Estações de Tratamento que existem na cidade, nos bairros Garcia e Fortaleza. Só não acabam no tanque onde o tratamento ocorre porque há uma grade que impede a ida de materiais sólidos à última etapa do processo.

Semanalmente funcionários da BRK precisam fazer a desobstrução das tubulações. Só no ano passado, foram 211 toneladas de resíduos coletados, 14 toneladas a mais que em 2020. Tudo é levado para o aterro sanitário.

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— As tubulações têm de 100 a 200 milímetros de diâmetro, boa parte dos objetos ficam presos nelas, o que impede o fluxo do esgoto, podendo causar prejuízos como o transbordamento em vias públicas e retorno para dentro dos imóveis, riscos ao meio ambiente e contribuir para a proliferação de doenças — lamenta Francisco.

Os lixos mais comuns e os mais curiosos

De acordo com dados da BRK, 47% da população de Blumenau tem rede de esgoto em 21 dos 35 bairros, sendo cerca de 20 milhões de litros de esgoto tratados por dia e posteriormente devolvido ao rio. O sistema de esgoto suporta apenas 1% de material sólido. 

Lamentavelmente, os técnicos precisam se dedicar também ao transtorno e estragos causados pelo descarte incorreto de lixos comuns e recicláveis. Nas limpezas preventivas, é comum as equipes encontrarem nas tubulações papel higiênico, absorventes, preservativos, cigarros, cotonetes, cabelos e óleo de cozinha.

— Conscientização coletiva é fundamental — resume o gerente. 

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