O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) vai aplicar na manhã desta segunda-feira uma multa de R$ 50 milhões à Celesc por causa do vazamento de óleo com a substância bifenila policlorada (PCB), conhecida no mercado como ascarel, na subestação desativada da Celesc, na Tapera, Sul da Ilha de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
O produto é proibido no mercado desde 1981 por ser considerado cancerígeno. A multa será aplicada com base no laudo, solicitado pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), que comprovou a presença do ascarel no canal de drenagem que leva para o mangue da Praia da Mutuca. Por causa do risco de contaminação ao mar, foi embargada no dia 10 de janeiro a extração de moluscos até a freguesia do Ribeirão da Ilha.
Após a divulgação do vazamento, em 21 de dezembro, o Ibama já tinha aplicado multa diária de R$ 50 mil, antes mesmo da comprovação do produto. O pior é que o fato contribuiu para a Justiça Federal interditasse o cultivo de ostras na Grande Florianópolis exigindo estudos de impacto ambiental.
Em razão do vazamento, desde a quarta-feira, 16 de janeiro, toda a atividade de maricultura do litoral na Grande Florianópolis, maior polo produtor do país, está suspensa por tempo indeterminado. A decisão é da Justiça Federal, que acatou uma ação civil pública do Ministério Público (MP), protocolada há seis meses, pedindo ao Ibama um estudo prévio de impacto ambiental em Florianópolis, Palhoça, São José, Biguaçu e Governador Celso Ramos.
Continua depois da publicidade
O Diário Catarinense criou uma página para que os leitores opinem sobre a suspensão das atividades, que não têm previsão para serem retomadas. Acesse aqui o mural para ler as opiniões e comentar sobre o caso.