Depois de amargar um 2012 um prejuízo líquido de R$ 255,7 milhões, as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) encerraram 2013 com lucro de R$ 198,9 milhões. As informações fazem parte do balanço financeiro da companhia, apresentado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na noite de sexta-feira. Os dados são consolidados e incluem as atividades de geração, distribuição e transmissão da empresa.

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Hoje o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, comenta os resultados da companhia em um evento para a imprensa. No relatório anexado à demonstração dos resultados, o crescimento do volume de energia elétrica distribuído para residências e indústrias é apontado como um dos motivos para a melhora do resultado.

Em 2013, o volume de energia elétrica distribuído pela Celesc somou 22.102 GWh. O resultado representou um crescimento de 4% em relação a 2012. Na classe residencial, a alta foi de 4,9% – de acordo com a empresa, a principal razão para o resultado foi a temperatura: com exceção de fevereiro e março, quando os termômetros ficaram abaixo do esperado, o inverno e o verão em 2013 foram bem intensos no Estado.

Já a classe industrial também apresentou bom desempenho em 2013, com crescimento de 4% em relação a 2012, totalizando 9.672 GWh. A distribuição comercial, por outro lado, não apresentou crescimento no patamar do ano anterior, de 12,3%. Essa base alta foi justamente um dos motivos para o crescimento de 4% no ano, acumulando 3.604 GWh distribuídos. Outro motivo para a classe comercial não ter apresentado o mesmo consumo foi o fraco desempenho do setor, impactado pelo esgotamento do modelo baseado no crédito.

A empresa informou, ainda, que os investimentos realizados em geração e distribuição de energia somaram R$ 365,9 milhões em 2013, 7,4% a menos que em 2012.

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Foco nos planos de longo prazo

O relatório também destaca os resultados de um projeto de retomada da competitividade da estatal, batizado de Celesc 2030. De acordo com a carta assinada por Siewert, o Plano Diretor, o Plano Regulatório e o Planejamento Estratégico da companhia foram detalhados.

O projeto foi concebido para atender a uma exigência do novo estatuto social da companhia, que traz a obrigatoriedade de um planejamento de longo prazo, com metas financeiras, físicas e de sustentabilidade bem definidas.

– Ainda, em 2013, foi iniciada a implantação do processo de gestão estratégica de riscos e controles internos, estabelecendo inicialmente uma Política de Gestão Estratégica específica para isso, com os princípios, os objetivos, as diretrizes e as responsabilidades que servem de base para o processo – informa o presidente na carta.