Ao longo de 2019, as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) registraram 505 ocorrências de furto ou destruição de cabos que conduzem energia elétrica em vários pontos da cidade de Florianópolis. O problema transcende a esfera financeira, por conta do custo de reposição, e invade até questões como mobilidade urbana e segurança pública.
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Na manhã desta quinta-feira (12), foi preciso fechar o acesso dos carros e ônibus que vêm da Avenida Gustavo Richard ao Ticen por conta do desligamento do semáforo que controla o tráfego na região. Os fios elétricos que abastecem o controlador eletrônico do sinal luminoso foram furtados durante a madrugada.
O problema não é novidade, e segundo a Celesc, há um trabalho em conjunto com as polícias para identificar a prender quem furta ou quem recebe esse tipo de material. O gerente do núcleo Grande Capital da empresa Renato Rolim afirma que já houve prisões, mas não precisou quantas nem em quais regiões do Estado.
– Tem a ação de usuários de drogas, que circulam pelo Centro e outras regiões e agem de madrugada, mas tem também quadrilhas especializadas que querem o cobre pelo valor de mercado. Contra essas, a polícia já agiu e desarticulou alguns grupos criminosos – afirmou em entrevista ao Notícia na Manhã desta quinta-feira.
Rotina de prejuízos ao trânsito
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Além do problema nesta madrugada que exigiu uma intervenção especializada da Celesc e da Diretoria de Operações do Sistema Viário de Florianópolis (Diope) para colocar o semáforo em funcionamento novamente, houve recentemente situações semelhantes. Uma delas foi registrada há cerca de 15 dias, quando o cabeamento que alimentava um conjunto de sinaleiras na Avenida Hercílio Luz foi furtado e o conserto só ocorreu três dias depois.
Além das 505 ocorrências contabilizadas pela Celesc, a Diope afirma que houve outras oito ao longo do ano que interferiram diretamente no funcionamento de semáforos.
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