A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) divulgou um balanço em que afirma ter fechado o terceiro trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 42,1 milhões. No acumulado deste ano, o saldo também é positivo e já alcança R$ 182,3 milhões, uma alta de 196,2% ao que tinha sido registrado nos primeiros nove meses de 2017.
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A empresa atribui os bons resultados a dois fatores: o aumento do consumo de energia elétrica e a redução dos gastos operacionais neste ano. Entre julho e setembro, a Celesc identificou aumento de 2,2% no uso de energia, em comparação ao mesmo período de 2017. Em 2018, houve 2,7% mais consumo que nos primeiros nove meses do ano passado.
Além desses dois pontos, o reajuste tarifário no setor de energia elétrica, aplicado em agosto, ajudou a melhorar os índices da empresa, no último trimestre.
Com relação à expressiva melhora no lucro, no acumulado do ano, a Celesc lembra que 2017 foi um ano mais difícil, já que a empresa ainda precisava quitar as despesas de uma dívida firmada com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Endividamento
Conforme o balanço da Celesc, o endividamento bruto da empresa chega a R$877 milhões. Como a empresa possui atualmente cerca de R$318 milhões, a dívida líquida é contabilizada em R$559 milhões.
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Apesar de o endividamento total ser maior que os lucros, o estatuto da Celesc prevê que a estatal pode ter débitos de até 3,5 vezes o valor total do EBITDA dos últimos 12 meses, ou seja a arrecadação total da empresa. Atualmente, a dívida líquida atinge apenas 0,9% do EBITDA.
Mercado acionário
Com bons números na contabilidade, as ações da Celesc tiveram forte valorização neste ano. De acordo com o balanço, as ações preferenciais, ou seja, as que não dão direito a voto, registraram aumento de 48,15% no acumulado deste ano. Em comparação, o Índice de Energia Elétrica (IEE), que mede o comportamento das ações do setor na Bolsa de Valores de São Paulo, teve alta de apenas 2%
Investimentos e melhoria nos serviços
Conforme o levantamento divulgado pela Celesc, a empresa ampliou os investimentos em geração e distribuição de energia, neste ano. Os R$344,8 milhões aplicados pela empresa em obras e serviços de manutenção, em 2018, representam 5% a mais de tudo o que foi aplicado no mesmo período de 2017.
A empresa afirma que esses investimentos geraram retorno para os consumidores. Neste ano, a empresa conseguiu ficar dentro dos limites impostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dois índices que medem a qualidade do serviço entregue pela empresa.
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Um deles é o que mede o tempo médio em que os consumidores ficaram sem energia elétrica neste ano. Até setembro, os consumidores da Celesc passaram, em média, 7,4 horas sem o fornecimento. A Aneel previa que esse índice poderia chegar a até 12,4 horas.
O outro é a frequência de vezes em que os consumidores tiveram a energia elétrica cortada por problemas na rede. Enquanto a Aneel previa um máximo de 9,4 vezes, a Celesc atingiu, até o momento, média de 5,1 vezes.
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