Os maricultores e catadores de berbigão da Tapera, no Sul da Ilha, irão receber uma segunda indenização da Celesc, como forma de ressarcir os prejuízos da produção de mariscos, ostras e berbigão parada desde janeiro. A região está embargada pela Fatma desde então, em uma área marinha de 730 hectares por causa do vazamento de 12 mil litros de óleo de uma subestação elétrica abandonada.

Continua depois da publicidade

Uma primeira etapa de indenizações já foi paga em fevereiro deste ano, quando a companhia desembolsou pouco mais de R$ 1,5 milhão a 28 maricultores e 66 catadores de berbigão. O valor representava 50% do prejuízo acumulado na safra passada, que foi interrompida pela metade. Agora, o grupo pede mais R$ 235 mil da companhia, que equivale aos dois primeiros meses da nova safra, iniciada entre fevereiro e março.

– A safra não está totalmente comprometida ainda. Mas esse valor é uma forma de antecipar o pagamento da safra que os produtores receberiam lá por agosto ou setembro, quando começariam a vender – explica o secretário da Agricultura, João Rodrigues.

A Celesc participou da negociação dos valores e deve fazer o pagamento em até uma semana. O pedido de uma terceira indenização vai depender da liberação da área pela Fatma. Quando isso acontecer, os equipamentos de trabalho poderão ser retirados da água e, só então, os prejuízos materiais serão calculados. Porém, se o embargo não for cancelado até o fim de maio, a safra acabará perdida e uma nova indenização envolverá algo em torno de R$ 2 milhões.

Continua depois da publicidade