A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) anunciou nesta quinta-feira (21) investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão em melhorias na rede de distribuição de energia este ano em SC. Entre as medidas que foram anunciadas estão obras em subestações e mudança do sistema monofásico para trifásico em áreas rurais.

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Parte desses investimentos deve ser financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Cerca de R$ 207 milhões serão emprestados junto à instituição. Esse valor vai se somar a outros R$ 388 milhões de recursos próprios e de investidores para pagar investimentos na distribuição de energia.

Dessa soma, R$ 167 milhões serão destinados à melhorias nas linhas de alta tensão, incluindo a construção e reforma de subestações. Outros R$ 234 milhões vão para o chamado sistema de média e baixa tensão, que atende principalmente os consumidores. Com esse dinheiro, a Celesc pretende construir alimentadores e ampliar a rede atual, em várias regiões. O restante deve ser usado para investimentos em geração de energia, ligação de novas unidades consumidoras e suporte de operações.

Para chegar ao montante de R$ 1 bilhão em investimentos, a Celesc diz que pretende usar R$ 324 milhões para a compra de materiais e serviços. Além disso, estão previstos R$ 127 milhões que serão usados em programas de pesquisa e desenvolvimento na área energética, tal como programas de benefícios. Entre eles, estão o Bônus Eficiente e o Energia do Bem, por exemplo.

A empresa também anunciou que vai alterar a gestão descentralizada. O modelo, que contava com 16 pólos regionais, passará a ter oito núcleos, divididos em cada uma das regiões do Estado. Apesar da alteração, o funcionamento dos serviços de atendimento aos consumidores permanecerá igual.

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A Celesc justifica os investimentos e as mudanças afirmando que o mercado catarinense sofreu grandes mudanças nos últimos 10 anos. Há uma década, o Estado tinha 2,11 milhões de unidades consumidoras, enquanto atualmente já são 3,03 milhões.

Apesar do aumento expressivo no número de pessoas com acesso à energia elétrica, a rede da empresa mudou pouco. Há 10 anos, o Estado contava com 72 mil km de rede de média tensão. Em 2019, são só 81 mil km.