Especialistas ouvidos pelo Diário Catarinense afirmam que, apesar da falta de água para gerar energia no país, as alternativas de geração, como o uso de termelétricas, estão resolvendo a situação. No entanto, o aumento no consumo de energia nas residências, indústrias e comércios têm sobrecarregado os equipamentos utilizados pelas distribuidoras de energia na ponta do sistema.

Continua depois da publicidade

O diretor de Distribuição da Celesc afirma que as duas ocasiões em que 11,5 mil catarinenses ficaram sem energia no início deste mês foram “pontuais” e refletem três pontos problemáticos que a estatal enfrenta em Palhoça, no Sul de SC e no Vale do Itajaí. Nestes três locais a Celesc teria enfrentado atrasos para a conclusão de obras previstas.

– Em situações pontuais podemos ter problemas, mas não há risco de ficarmos sem distribuição de energia. Temos um plano de investimentos que soma, entre 2011 e 2015, R$ 1,75 bilhão em obras e melhorias em todas as regiões – garante Siewert.

A justificativa da Celesc para a falta de energia por sobrecarga do sistema é de que há três pontos problemáticos no Estado. Na Grande Florianópolis, a estatal não conseguiu a licença ambiental para fazer uma linha de transmissão em Palhoça. A solução está sendo a construção de uma subestação dentro da estrutura da Eletrosul. No Sul do Estado, houve atraso na obra de uma linha de transmissão entre as cidades de Tubarão e Sangão e, no Vale do Itajaí, o problema é a falta de uma nova subestação.

Continua depois da publicidade

De acordo com Paulo Henrique Simon, presidente do Conselho de Consumidores da Celesc, o atraso em Palhoça estaria provocando quedas de energia no Centro da Capital. Mas de acordo com o pesquisador da USP Welson Bassi, os equipamentos com capacidade abaixo dos 100 kW nos centros urbanos também facilitam o problema.

Para diminuir este problema, o pesquisador sugere que a Celesc faça um acompanhamento do aumento de consumo e substitua os transformadores que estão no limite da capacidade antes do blecaute.