Pouco mais de 20 pessoas participaram na manhã deste domingo, em Joinville, do culto de sétimo dia da menina Laura Cardoso, morta no dia 10 em circunstâncias que estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Araquari.
Continua depois da publicidade
A menina chegou a ser internada no Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, com sinais de espancamento.
O padrasto dela, Rafael Silva, de 20 anos, continua preso. A mãe da menina, Rosemeire Cardoso, estaria trabalhando quando tudo aconteceu, no domingo à tarde.
A tia do padrasto era quem sempre cuidava da criança, mas ela teria viajado e Laura ficou com ele em casa. Quando a mãe chegou, viu a criança na cama e o homem chorando. Ela pediu socorro para os vizinhos e levou a filha até o pronto-atendimento.
Continua depois da publicidade
Cinco pessoas em quatro Estados receberam órgãos de Laura Cardoso
Moradores planejam protesto pela morte de menina em Araquari
Rafael deu versões diferentes. Primeiro, disse que os dois andavam de bicicleta quando foram atacados por um cachorro. Depois, afirmou que não havia bicicleta e a menina estava no colo quando ambos caíram.
O começo da celebração, na Igreja dos Irmãos Menonitas, no Centro de Joinville, atrasou em cerca de meia hora. Os pais e os organizadores esperavam mais pessoas, que não apareceram.
O pastor Waldo Ott, que presidiu a celebração, lembrou o ato de amor da família, doando os órgãos da menina e ressaltou que, passada a revolta, cabe a todos, especialmente aos familiares, entender o que aconteceu.
Continua depois da publicidade
– Deus nos permite entender o que aconteceu. As vezes achamos que somos muito fortes, que podemos tudo. Mas não somos. É preciso descansar em Deus – disse Ott.
Durante uma das canções, o pai da menina, Jonatan Robson Flores, teve de ser amparado pela mãe e pela mulher.
O protesto que haveria logo após a celebração foi adiado. É possível que seja transferido para Araquari, mas não há nova data nem local definidos.
Continua depois da publicidade
Pelo menos outras duas celebrações, uma evangélica e outra católica, foram realizadas em Araquari, sem a presença do pai.
O delegado Rodrigo Aquino Gomes, responsável pela investigação, tem ouvido vizinhos, testemunhas e familiares. Ele deve concluir o inquérito nos próximos dias.