A cela da DP de Palhoça foi transformada temporariamente em enfermaria. O Hospital Celso Ramos emprestou um colchão para acomodar o preso Ademir dos Santos na cela da delegacia.

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Indiciado por homicídio, Ademir passou por cirurgia no quadril e recebeu alta hospitalar nesta terça-feira. Ele está em fase de cicatrização e não pode sentar nem ficar em pé. Até dia 11 de outubro, Ademir tem que ficar imóvel.

Para fazer as necessidades fisiológicas, o preso usa fraldas. Como não há funcionário capacitado para atendê-lo na delegacia, a mãe de Ademir foi autorizada a entrar na cela e trocou as fraldas do filho.

Ademir está preso temporariamente. Sua prisão preventiva deve sair nesta terça. De acordo com a polícia, o Departamento de Administração Prisional (Deap) está providenciando vaga para o detento no sistema prisional.

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Ademir dos Santos foi indiciado por suspeita de matar a companheira Vanessa Mello a marteladas, há cerca de um mês, na Palhoça. Ele estaria sob o efeito de drogas, segundo a polícia. Na fuga, ele sofreu um acidente, bateu de frente contra um caminhão e foi hospitalizado.

O crime foi passional, de acordo com a polícia. Ademir sentia ciúme de Vanessa e suspeitava de traição.

Parcialmente interditada

A situação é crítica na cela da DP de Palhoça, assim como em outras carceragens de delegacias da região. A maioria das celas é escura, suja, úmida, sem sol nem ventilação.

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A cela onde está detido Ademir foi parcialmente interditada em 2010, podendo receber apenas três presos. A mesma cela chegou a abrigar 29 pessoas. Um detento ficou quase dois meses sem sol na carceragem que deveria ser usada apenas para abrigar presos provisórios.

Em junho passado, a carceragem estava com 12 detentos, incluindo tuberculosos. Por isso, na ocasião, a Justiça determinou transferência sob pena de liberação dos detentos.