A onda recente de violência em Joinville – foram registrados sete homicídios somente neste mês dos 31 no ano – e os constantes assaltos e furtos trouxeram o tema segurança pública novamente à pauta de entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Associação Empresarial de Joinville (Acij). As duas instituições marcaram reuniões para discutir ações e cobrar soluções de autoridades nesta segunda-feira.

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A CDL convidou para a reunião agendada para as 14h30 os comandantes da 5º Região da Polícia Militar, coronel Rogério Rodrigues; do 8º Batalhão da PM, tenente-coronel Adilson Moreira; e do 17º Batalhão da PM, tenente-coronel Sandro Zacchi; o delegado regional da Polícia Civil, Dirceu Silveira Junior; o juiz da Vara de Execuções Penais, João Marcos Buch e os deputados estaduais Darci de Matos, Kennedy Nunes e Nilson Gonçalves.

O objetivo do encontro, conforme o presidente da CDL, Carlos Grendene, é reivindicar aumento no efetivo da PM, a instalação de câmeras de monitoramento para identificar os autores de crimes como assaltos e furtos, e um novo presídio para a cidade.

– Vamos bater forte na questão do efetivo, exigindo um concurso exclusivo de policiais militares, com pelo menos 500 novas vagas. Acreditamos que esse número vai permitir que recuperemos, mesmo com policiais em férias, a quantidade que tínhamos há 15 anos – afirma Grendene.

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A Acij convidou para a reunião, prevista para as 18h30, o novo comandante-geral da PM no Estado, o coronel Valdemir Cabral, que assumiu o posto no início deste mês. A intenção é mostrar os números da criminalidade em Joinville e conhecer as ideias e propostas do novo comandante para diminuir os índices na maior cidade do Estado.

– O aumento da sensação de insegurança na cidade faz com que o tema se torne permanente na nossa pauta. Os números aumentaram muito nos últimos anos, é perceptível, e queremos ajudar a diminuí-los na medida do possível – disse o vice-presidente da Acij, Moacir Thomazi.

De acordo com Thomazi, a conversa também visa a avaliar os motivos do aumento na criminalidade.

– Vamos discutir o que levou a cidade a aumentar esses índices.

O assassinato brutal da estudante Mara Tayana Decker, 19 anos, encontrada há pouco mais de uma semana esquartejada em uma casa no bairro Guanabara, zona Sul, chocou a população, assim como a periodicidade na ocorrência dos homicídios, nos primeiros cinco dias de maio foram registrados quatro assassinatos, quase um por dia.

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