O mundo de hoje está em constante transformação digital, e com isso, novas habilidades e competências se fazem necessárias com cada vez mais frequência no mercado corporativo. Além disso, aperfeiçoamento e especialização podem contribuir para que os profissionais alcancem novas oportunidades, e assim, se mantenham ativos no mercado de trabalho. Para alcançar esses conhecimentos, uma opção viável é seguir pela educação continuada, um processo de desenvolvimento pessoal e profissional que vai além da formação acadêmica inicial, e busca aprofundar e atualizar as habilidades, conhecimentos e competências de cada estudante. 

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Para refletir sobre a relevância do estudo que vai além da graduação, o CBN Carreiras, videocast que aborda as oportunidades e desafios do mercado de trabalho atualmente, teve como tema do terceiro episódio a educação continuada. A convidada da vez foi Adriana Prattes, que atua como professora na Faculdade Senac e é mestranda em Negócios e Empreendedorismo.

Adriana, que aplica a educação continuada na própria carreira e contribui para a formação de outros profissionais, comenta que esse tema está bastante em alta na atualidade, mas que sempre representou uma oportunidade de se diferenciar no mercado de trabalho. 

— No final da década de 60, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) contratou um educador e filósofo, para que ele criasse um relatório sobre como seria a educação no século XXI. O resultado disso foi o surgimento do termo lifelong learning, em português, educação continuada. Em outras palavras, existe uma expressão muito usada nesse modelo de educação que traz o conceito de forma muito clara, e diz o seguinte: ‘Não é tarde para começar e não é cedo para terminar’. Ou seja, qualquer aprendizado, desde o formal ao informal, faz parte do arcabouço da educação continuada — explica.

Formato tradicional não é o único caminho

Normalmente, a educação continuada está muito associada com os caminhos da educação formal, que basicamente consiste em: ensino básico, graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e PhD. No entanto, é importante destacar que os rumos e conceitos da educação continuada vão além, já que é possível aprender com qualidade ao ler um livro, ouvir um podcast, assistir uma palestra, ou ainda, na prática e rotina profissional.

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— Para muitos recrutadores de pessoas, dependendo da área e segmento de atuação, é necessário ter apenas um diploma de graduação. Mas, se no processo seletivo, o candidato demonstrar habilidades de negociação, oratória, ou outros diferenciais que sejam pertinentes para ocupar aquela vaga, não é preciso formalizar através de certificados. Por outro lado, há ocasiões em que a educação formal precisa ser comprovada para que o candidato consiga assumir o cargo — comenta.

Por isso, para quem está iniciando no mercado de trabalho em diversas áreas, o conhecimento da graduação já não é mais suficiente. Independente do caminho optado pelo profissional, estar em constante aprimoramento é essencial para se manter atualizado no mercado de trabalho, seja de forma formal ou informal. 

A expectativa das empresas

Diante de tanta competitividade no mercado profissional, e também da correria da rotina, surge um desafio aos profissionais: onde encontrar tempo para atingir esse aperfeiçoamento tão importante para desenvolver a carreira? Adriana explica que, embora muitas empresas colaborem e incentivem a formação e o desenvolvimento de talentos, essa não é a realidade para todos os casos. 

— A grande maioria das empresas tem a expectativa de encontrar o profissional pronto. Vai ter uma vantagem competitiva aquele profissional que já sabe exatamente qual é a sua trajetória na educação continuada, e já entende sobre os conhecimentos necessários para ocupar o cargo desejado. A responsabilidade maior é do profissional, que deve se comprometer com a educação continuada, independente da estrutura de treinamentos oferecida pela empresa — comenta a professora.

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Segundo ela, para os profissionais que ainda não trilharam esse caminho, o primeiro passo é definir os objetivos e metas de carreiras. Assim, é possível desenvolver o autoconhecimento para compreender quais são os pontos fortes de cada um, e identificar os pontos fracos que devem ser desenvolvidos no caminho de alcançar o cargo desejado. Destaca-se quem busca o conhecimento e sabe o que precisa estudar para alcançá-lo, seja através das universidades ou de treinamentos.

Realidade de todas as áreas de atuação

Andreia destaca que, embora atualmente existam diferentes áreas de atuação que se transformam em ritmos distintos, algumas mais aceleradas e outras mais conservadoras, a busca por atualização já é uma realidade em comum a todos. Afinal, o conhecimento tem prazo de validade e não estar atento a isso pode representar sérios riscos aos profissionais. 

— A educação continuada vai ajudar o profissional a ser mais inovador e criativo na sua rotina de trabalho. Ao evoluir o nível de conhecimento sobre determinado tema, é possível melhorar a visão de mundo, prever situações e analisar todo o contexto de forma mais rápida e ampla, já que estudar é uma forma de absorver repertório sobre determinado assunto. Ao ter essa base, é possível tornar-se muito mais assertivo, independente da função exercida — comenta Adriana. 

Para saber mais sobre o assunto, acompanhe o terceiro episódio do CBN Carreiras na íntegra.

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