O técnico do América-RN, Oliveira Canindé, foi vítima da desorganização do futebol nacional, mas ainda assim fez brincadeira com a situação. Até porque, o erro da CBF, amplificado pela arbitragem, que confundiu o volante Márcio Passos com o suspenso atacante Emerson Sheik, do Botafogo, não causou a derrota do time potiguar diante do Icasa, na Série B.
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Márcio Passos, do América, acabou sendo tirado do jogo do fim de semana porque haveria para ele uma suposta suspensão de três jogos imposta pelo STJD. Só que, na verdade, o gancho foi dado ao Sheik, cujo nome de batismo é Márcio Passos de Albuquerque. O impasse, que surgiu pouco antes de o América-RN entrar em campo, chegou a preocupar Oliveira Canindé, que mudou a escalação e o esquema do time.
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Depois do susto e já com a tranquilidade de ter vencido a partida por 2 a 0, ele até brincou:
– Pensamos que tinha até dedo do Fluminense na história – disse ele, em referência ao time que eliminou da Copa do Brasil na rodada do meio de semana, após aplicar uma goleada por 5 a 2 no Maracanã.
Em tom mais sério, Oliveira analisou de forma mais profunda a situação, desencadeada após a arbitragem inserir o nome de Márcio Passos (Marcio Henrique Maia Passos) na súmula eletrônica.
– Foi uma falha de comunicação grave. A mexida no time tem um custo. Eu coloquei um terceiro zagueiro. Um time pode acabar perdendo o jogo por causa disso. O sistema tinha que ser mais claro – disse ele.
A diretoria do América-RN tinha certeza que Márcio Passos tinha condições de jogo, mas, temendo possíveis problemas futuros com o STJD por escalação irregular, optou, com o consentimento do departamento jurídico, pecar por precaução.
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Só depois do jogo a arbitragem percebeu o equívoco. Segundo Oliveira, não houve nem uma correção formal da informação passada antes do jogo ao América-RN. O presidente da Comissão de Arbitragem, Sérgio Corrêa, informou que só nesta segunda-feira iria ficar mais inteirado sobre a situação.
A prática de avisar sobre uma punição pendente aos clubes já funcionou para o bem e para o mal, como foi com o América-RN. Em um jogo do Botafogo, o árbitro disse que Edílson e Sheik tinham punição a cumprir, mas na verdade não tinham. Já com o Novo Hamburgo, na Copa do Brasil, a turma do apito avisou, mas o clube ignorou a informação, que era correta, escalou o meia Preto e foi eliminado da competição.
*LANCEPRESS