As 27 federações estaduais aprovaram nesta quinta-feira, em assembleia, o novo estatuto da CBF. O documento foi reformado após discussão no Comitê de Reformas, mas não traz uma mudança no cenário do poder do futebol nacional. Apesar de o colégio eleitoral ter sido aumentado, com a inclusão dos clubes das Séries A e B do Brasileirão, as federações continuarão a ter peso maior na votação.

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É que as entidades estaduais, consideradas filiadas diretas, terão peso 3 na assembleia eleitoral. Os 20 clubes da Série A ficam com peso 2, e os da Série B têm peso unitário. Ou seja, se todas as federações ficarem de um lado e os clubes do outro, o placar favorável às entidades será de 81 a 60.

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Os clubes continuarão fora da assembleia geral, que trata dos temas administrativos da CBF, como a própria mudança de estatutos. O argumento das federações é que os clubes, no somatório da influência direta e indireta, ficam mais fortes, apesar do placar 81 a 60.

— Os clubes votam duas vezes: para eleger o presidente da federação e na assembleia geral da CBF — disse José Vanildo, presidente da Federação do Rio Grande do Norte.

Além disso, o estatuto manteve a cláusula de barreira para lançamento de candidatura à presidência da CBF, exigindo o apoio formal de oito federações e cinco clubes.

A CBF, inclusive, passa a ter oito vice-presidentes, e não mais cinco. O número de oito vices copia o modelo da Fifa. A assembleia também aprovou o Código de Ética da CBF, outro dispositivo formulado pelo Comitê de Reformas.

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