A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) está se mexendo para evitar que as Seleções de polo aquático repitam os maus resultados dos últimos ciclos olímpicos na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. O técnico da equipe masculina, o sérvio Mirko Blazevic, já tem uma lista de jogadores estrangeiros que desejam atuar pelo país e até dois podem ser naturalizados, vindos da Sérvia ou Croácia. No feminino, a americana Sandy Nitta, que foi treinadora do time bronze no Pan de Winnipeg-1999, assumirá como supervisora técnica em 2013.

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Ela e Blazevic assinaram contrato de dois anos, mas a ideia é prorrogá-lo até a Olimpíada.

– Em princípio eles ficam por duas temporadas, até para ver se as expectativas por parte deles e a nossa serão correspondidas – disse Ricardo Cabral, coordenador técnico de polo aquático da CBDA.

O processo de repatriação de Felipe Perrone está encaminhado e a expectativa é a de que o jogador esteja no Brasil em 2014 para se adequar ao regulamento da Federação Internacional de Natação (Fina), que exige pelo menos um ano de residência no país pelo qual o atleta deseja defender, mesmo que já tenha jogado por outra seleção.

Perrone, que nasceu no Rio e defendeu o Brasil até 2003, atuou pela Espanha nas duas últimas Olimpíadas (Pequim-2008 e Londres-2012).

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Outro que pode ser repatriado é Tony Azevedo, mas seu caso é mais complexo. Ele, que foi prata com os Estados Unidos em Pequim-2008 e capitão da equipe em Londres, nunca jogou pelo Brasil e até agora só demonstrou vontade em defender o país, sem qualquer outra iniciativa. Ao contrário de Perrone, que já visitou a sede da CBDA e conversou com o presidente Coaracy Nunes. Apesar disso, a entidade ainda mantém interesse em contar com o atleta.

A entidade também planeja formar seleções fixas até o meio do ano que vem, oferecendo uma ajuda de custos aos atletas. O objetivo é que as equipes se reúnam para treinamentos no Brasil e na Europa nos intervalos de torneios nacionais.