Causas dos buracos nos corredores de ônibus de Blumenau são desconhecidas

Seis meses depois de anunciar que faria testes de laboratório para identificar a causa de defeitos nos corredores de ônibus, a prefeitura de Blumenau não tem respostas para os buracos e saliências. Segundo a Secretaria de Obras, a análise foi feita entre outubro e novembro do ano passado, mas os resultados foram inconclusivos. Quarta-feira, dia 23, o secretário Paulo França afirmou que fará um plano de trabalho na próxima semana para tentar resolver os desníveis nas pistas exclusivas para o transporte coletivo.

Segundo França, os resultados das amostras _ pequenos pedaços do material retirado em três vias _ não deram real avaliação dos defeitos existentes nos cerca de nove quilômetros de pista dos oito corredores.

– Como cada teste apresentou um resultado diferente concluímos que era necessário um estudo aprofundado. Precisamos entender o que causa o aparecimento de tantos buracos e defeitos _ comenta.

Em outubro de 2013, apenas pessoas ligadas à prefeitura participaram dos estudos. O material foi encaminhado para um laboratório em Blumenau, mas França disse não lembrar do nome da empresa. Ainda de acordo com o secretário, os trabalhos a partir de agora serão norteados por um especialista em asfalto, que virá de Florianópolis para ajudar os servidores em busca de respostas.

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As pistas exclusivas para ônibus das avenidas Beira-Rio e Martin Luther e rua Engenheiro Paul Werner são as que mais apresentam defeitos, segundo o engenheiro da Secretaria de Obras Andrei Zuttel:

_ Não temos uma definição sobre por que eles são os mais problemáticos. Por esse motivo é que será feito um estudo com o especialista.

Os corredores foram inaugurados entre 2011 e 2013, fruto de um investimento de R$ 12,5 milhões. O projeto contemplava também a reforma das pistas para os outros veículos. A promessa da administração da época era de que a faixa exclusiva seria feita com asfalto de melhor qualidade e reforçada nas estações de pré-embarque. Porém, o asfalto que era para durar até 10 anos não suportou nem três.

Para o engenheiro André Luiz Moura, da Testecon Engenharia _ que trabalha no controle de qualidade em obras _ , o problema dos corredores pode estar ligado à sub-base, camada abaixo do asfalto e da brita:

_ Provavelmente o material não foi compactado corretamente e acabou cedendo ao peso _ avalia.