O potencial de consumo dos catarinenses vai bater a marca de R$ 117,2 bilhões neste ano, o que deixa Santa Catarina em sétimo lugar no ranking nacional. O valor representa um crescimento de 23% sobre o ano passado (R$ 95,4 bilhões). Apenas em Florianópolis, o gasto previsto é de R$ 11,9 bilhões em 2012, o maior valor entre as cidades do Estado.

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Os dados são da pesquisa IPC Maps, divulgada nesta segunda-feira pela IPC Marketing Editora, empresa especializada no cálculo de índices de potencial de consumo. No país, segundo o estudo, o consumo dos brasileiros ultrapassará os R$ 2,7 trilhões em 2012, apresentando alta de 10% comparado ao ano passado (cerca de R$ 2,45 trilhões). Em termos reais (descontando a inflação), os cálculos do IPC Maps 2012 mostram que as despesas das famílias crescerão acima do PIB, equivalente a 3,6%.

A tendência de crescimento da classe B, bem como a ampliação da classe média, tanto na participação do consumo quanto em domicílios familiares, são alguns dos fatores que justificam o crescimento. O IPC Maps 2012 revela que a classe B responde por quase metade de tudo o que é consumido no país. Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo estudo e diretor da IPC Marketing Editora, a classe B é a que demonstra maior poder de compra e crescimento, respondendo por R$ 1,275 trilhão (46,7% do consumido no país). E SC se beneficiou deste cenário, o que justifica o crescimento acima da média.

– Santa Catarina foi beneficiada pela segunda onda de migração social, com o deslocamento dos domicílios da classe C para a classe B, daí a elevação do IPC Maps entre 2011 e 2012 – explica Pazzini.

A média de consumo da população urbana catarinense, que fechou em R$ 19.531,68, também é maior do que a nacional, de R$ 15.555,84.

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Entre os itens com maior peso em Santa Catarina, aparece o gasto com a manutenção do lar _ R$ 26,3 bilhões, que incorpora despesas com aluguéis, impostos e taxas, luz, água e gás. Em seguida, aparecem alimentação no domicílio (R$ 9,47 bi), materiais de construção (R$ 7,75 bi) e gastos com veículo próprio (R$ 6,82 bi).

Livros e material escolar (R$ 402 milhões) aparecem entre os últimos itens, atrás de bebidas (R$ 1,27 bilhão) e fumo (R$ 407 milhões).

A pesquisa revela, ainda, que os 50 maiores municípios brasileiros responderão por 43,3% do consumo nacional em 2012. Florianópolis ocupa a 27ª posição no ranking.

No ano passado, estes 50 municípios eram responsáveis por 44%. No topo do ranking, os dois principais mercados perderam participação no potencial de consumo – São Paulo e Rio de Janeiro – devido à descentralização do consumo das capitais para o interior. O maior mercado continua sendo São Paulo, que responderá, em 2012, por 8,68% do total, e o Rio de Janeiro, com 4,98% do consumo nacional. No ano passado, os indicativos eram de 9,49% e de 5,43%, respectivamente.

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