Uma verdadeira maratona de 66 baterias disputadas das 8 às 19h em duas torres de julgamento. Foi assim a quinta-feira do Quiksilver ISA World Junior Surfing Championship 2008 nas ondas irregulares de meio metro de altura em Hossegor, na França. Toda a seleção brasileira competiu e, com as difíceis condições do mar, apenas quatro permanecem no evento principal – os catarinenses Alejo Muniz na sub-18 e Gabriela Leite na feminina e o paulista Jessé Mendes e o paranaense Peterson Crisanto na sub-16.

Continua depois da publicidade

Os outros oito têm que encarar a repescagem para chegarem nas finais, inclusive o atual campeão mundial sub-18, Jadson André, que terminou em último na sua bateria do evento principal. No entanto, ninguém foi eliminado ainda e o Brasil segue firme na busca do título de melhor equipe na principal competição das categorias de base do esporte, para surfistas com até 18 anos de idade.

A principal delas abriu a longa quinta-feira na praia de Seignosse, com vitória brasileira de Alejo Muniz sobre Tyler Newton do Havaí, Nicolaus Von Rupp da Alemanha e Nicky Godfrey da África do Sul. O catarinense agora é o único representante do Brasil no evento principal da categoria sub-18 e na quarta fase vai enfrentar os australianos Chris Salisbury e Owen Wright, além de Eli Jacobs da Nova Zelândia.

Isso porque o defensor do título, Jadson André, não achou as ondas na sua bateria e acabou caindo para a repescagem. Mas, foi seguindo esse caminho que o potiguar conquistou medalha de ouro no Mundial Junior da ISA do ano passado na Costa de Caparica, em Portugal. adson André foi o único a tropeçar na sub-18, idem para Ian Gouveia na sub-16, mas na feminina quase todo o time caiu para a repescagem.

Força no feminino

Continua depois da publicidade

Somente a catarinense Gabriela Leite continuou no evento principal, ainda assim tendo que brigar pela segunda vaga contra outra brasileira, Nathalie Martins. A paranaense terminou em terceiro na disputa vencida pela australiana Tyler Wright.

– Passei, mas o mar estava muito difícil. Ainda bem que eu achei uma onda no começo que me garantiu o segundo lugar. O chato foi que a Nathalie não passou e eu não pude fazer nada pra ajudar. Por isso, não dá nem para comemorar – lamentou a catarinense, evidenciando o forte espírito de equipe. Ela agora vai defender sozinha o Brasil no evento principal da categoria feminina.

Já a paraibana Diana Cristina e a paulista Kaena Brandi terminaram em último lugar nas suas baterias e as três já estão escaladas na quarta rodada da repescagem feminina, que fechou o longo dia de disputas.