– Para nós, o Festival de Dança de Joinville é como a Copa do Mundo – compara a coreógrafa Jussara Laide Savio, do Grupo Folclórico Ítalo Brasileiro Nova Veneza.

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A disputa a qual Jussara se refere, apesar de também estar ligada a muito movimento, acontece nos palcos. Esse é espírito de quem vem a Joinville para participar da Mostra Competitiva do Festival de Dança: a cada edição, novos aprendizados, trabalhos e expectativa para saber quem alcançará a preferência dos jurados e sairá em primeiro lugar, conquista que garante vaga no ano seguinte.

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O grupo de Nova Veneza é tricampeão no conjunto sênior de danças populares – além de ter levado o prêmio Revelação de 2010 por adereços e figurinos – e acumulou várias dicas para se destacar no gênero. O caderninho do grupo sai cheio de anotações dos jurados e conselho artístico ao fim de cada apresentação.

– Já saímos de Joinville com a ideia para a próxima coreografia – afirma a coreógrafa.

O grupo focado nas tradições italianas surgiu em 1991 e desde 1995 se inscreve no evento. A primeira aprovação aconteceu somente em 2004 e, de lá pra cá, a presença dos vienenses é certa nas categorias júnior e avançada de danças populares. Neste ano, o grupo apresenta Nel Sud Itália… Matraccule o Tamburelo? Non Importa, Tutto Finisce a Tarantela. A coreografia resgata a história da chegada dos imigrantes italianos ao Estado.

São 48 bailarinos, mais coordenação, coreógrafas e mães dos competidores. Para estar em Joinville, os vienenses trabalham o ano inteiro com a preparação da coreografia, figuro e cenário, mas também na busca de dinheiro para pagar transporte e estada nos 11 dias de evento.

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– A preparação começa muito antes. Além da ajuda da Prefeitura, também fazemos pedágios, bingos e eventos para arrecadar dinheiro – conta Jussara.

Visibilidade nacional

As cinco vitórias colecionadas pela Millennium em danças urbanas levaram o nome da companhia de Itajaí para longe. Para o coreógrafo Thurbo Braga, o Festival de Joinville é uma vitrine e foi por se dar bem nos palcos da cidade desde a década de 90 que o grupo perdeu a conta de quantas aparições fez em programas de TV em rede nacional e até em reality de dança.

– O Festival é importante para todos os bailarinos do Brasil. Só de participar já é uma conquista – avalia.

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Isso porque os itajaienses saem sempre com novos aprendizados na bagagem e um panorama das tendências para o gênero. Mesmo com os anos de experiência do grupo, não há fórmula garantida para a vitória na Mostra Competitiva.

– A gente aprende até quando não é vencedor. Quando ganhamos, sabemos que a cobrança será maior no próximo ano.

A Companhia de Dança Millennium foi fundado em 1997 por Thurbo. Das 41 participações em competições, conquistou 37 primeiros lugares. Em Joinville, foi pentacampeão no conjunto de danças urbanas e eleito Melhor Grupo em 2007. Em 2011, o Millennium foi campeão da categoria sênior do Grand Prix Brasil do Festival de Dança com Causa e Efeito.

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Neste ano, eles prepararam três coreografias. The Champions será apresentada no dia 1º de agosto no conjunto sênior. As outras participam dos Palcos Abertos.

Muitos prêmios em pouco tempo

O Maniacs Crew tem responsabilidade dupla nesta edição do Festival de Dança. Além de representar a cidade-sede do evento, o grupo de danças urbanas quer superar o sucesso do ano passado, quando recebeu o prêmio Revelação pela montagem coreográfica – a segunda premiação especial conquistada em menos de cinco anos de trajetória na Mostra Competitiva.

É com Quebra-nozes que os “maníacos” apostam todas as fichas para serem tricampeões no conjunto sênior de danças urbanas.

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– Fizemos uma remontagem do clássico de balé, só que na versão das ruas. Serão 46 bailarinos no palco – explica Thiago Moreira, coordenador do grupo.

O Maniacs Crew surgiu para diversão dos apaixonados por breaking e, ao participar pela primeira vez do Festival, em 2009, ampliou suas metas.

– Foi por causa do evento que passamos a ter um olhar mais profissional, estudar, buscar referências e outras técnicas – afirma Thiago.

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A dedicação dos joinvilenses os levaram ao topo do gênero por três vezes – uma delas com o solo City of the Dance, de Felipe Cardoso, eleito melhor bailarino de 2011.

– Se vamos ganhar ou não, o importante é darmos um show para o público.