Começa nesta quinta, dia 17, e segue até domingo, na Praia de Maresias, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, a sexta edição do Billabong Pro Júnior. O campeonato define os seis surfistas da América do Sul para o Mundial Profissional Sub-21 de Surfe, que vai ser realizado em janeiro, na Austrália. O Billabong Pro Júnior vai contar com duas etapas. A final está marcada para novembro, na Praia Mole, em Florianópolis.

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Competidores de todo o Brasil com até 20 anos de idade disputam as vagas. Entre os destaques, estão vários surfistas de Santa Catarina. Nos cinco anos em que o Billabong Pro Júnior foi disputado, os catarinenses sempre figuraram entre os seis melhores. O principal resultado foi o título com Márcio Farney, cearense radicado em Florianópolis, em 2000.

Na seletiva deste ano, outro nordestino que adotou Floripa para morar, o pernambucano Bernardo Pigmeu, é o grande destaque. Vice-campeão no ranking do ano passado, ele é o surfista mais experiente na disputa e compete desde a primeira edição, em 1998. Pigmeu tem um carinho especial pela etapa de Maresias.

No ano passado, ele foi o vencedor, garantindo a sua primeira conquista como profissional na carreira. Mas quatro anos antes, teve um desempenho abaixo da média. Cometeu duas interferências logo na estréia e ficou em último lugar. Mesmo com o péssimo resultado, Pigmeu conseguiu garantir a vaga para a disputa do 1º Mundial Pro Júnior da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP), sendo o vice-campeão na etapa final, no Rio Grande do Norte.

– No ano passado, cheguei muito perto. Estou com o título engasgado e quero essa vitória – afirma Pigmeu, que vem se dedicando ao World Qualifying Series (WQS) – a divisão de acesso do circuito mundial profissional.

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Outros destaques de Santa Catarina são Tiago Bianchini, apontado como um dos surfistas mais radicais da nova geração e atual líder do Circuito Brasileiro Amador na categoria open, e Greg Cordeiro, bicampeão catarinense júnior. Também Willian Cardoso, Giancarlo Zampieri e Ricardo Wendhausen, o Riquinho, que foram destaques no último final de semana, também em Maresias, na seletiva para o Mundial Amador Júnior; além dos novos talentos entre os profissionais Fernando Moura, o Fanta, e Jean da Silva, que no ano passado venceu a etapa final do Billabong, na Ilha do Mel.

Criado em 1998 pela ASP, o Mundial Júnior tem como objetivo estabelecer uma estrutura para os novos talentos, preparando para o início da carreira no circuito mundial. Nomes de grande destaque, como o atual campeão mundial do World Championship Tour (WCT) – a divisão de elite do circuito mundial profissional -, o havaiano Andy Irons, já passaram pelo Pro Júnior. Irons foi o primeiro campeão. O australiano Joel Parkinson foi bicampeão em 1999 e 2001.

A partir deste ano, o campeonato ganhou ainda mais importância no cenário internacional. A diretoria da ASP decidiu que o campeão e o vice entram direto em todas as etapas do WQS, sem a necessidade de passar pelas triagens, facilitando a busca por pontos para ingressar no WCT, a elite mundial.

– O Pro Júnior é o caminho para a molecada se preparar. Uma mentalidade voltada para o planejamento da carreira e uma oportunidade de crescer em nível técnico e até físico – comenta o diretor da ASP South America, Roberto Perdigão.

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Além da disputa masculina da nova geração, vai ser disputado em Maresias, também a partir desta quinta, o Billabong Girls Pro, válido pela terceira etapa do ranking do Abrasp Super Trials – a divisão de acesso do circuito brasileiro profissional. Em Maresias, a Billabong também faz a estréia da categoria pro júnior feminina, com as competidoras na mesma faixa etária da pro júnior masculina. O objetivo, segundo o diretor técnico do evento, Daniel Friedmann, é incentivar as meninas da nova geração e preparar a primeira edição oficial do Pro Júnior Girls.