Os catarinenses percorrem em média 38 quilômetros para conseguirem atendimento em saúde de baixa e média complexidade. É a menor distância entre as 27 unidades federativas do Brasil, segundo dados preliminares da pesquisa de Regiões de Influência das Cidades relativos a 2018 e que foram divulgados Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado é o único em que as pessoas percorrem menos de 40 quilômetros para este tipo de atendimento.
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A média da Região Sul é de 49 quilômetros e, do Brasil, é de 72 quilômetros. A maior distância é no Amazonas, com 283 quilômetros. Os mais próximos de Santa Catarina são Alagoas, com 43 quilômetros, e Rio de Janeiro, com 45 quilômetros.
Os atendimentos de baixa e média complexidade são aqueles que não necessitam internação, como consultas médicas e odontológicas, exames clínicos, serviços ortopédicos e radiológicos, fisioterapias e pequenas cirurgias.
Nos serviços de alta complexidade, como tratamento de câncer e cirurgias que necessitam de internação, ou exames de ressonância magnética e tomografia, Santa Catarina cai para a terceira posição em menor deslocamento. São 87 quilômetros, contra 67 do Rio de Janeiro e 86 de São Paulo. A média do Brasil é de 155 quilômetros.
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Florianópolis é o maior polo de alta complexidade de SC
A capital de Santa Catarina é o maior polo de alta complexidade do Estado, sendo referência para 59 municípios, com uma população de 2,17 milhões de pessoas.
O segundo polo em número de cidades é Chapecó, atendendo 57 municípios e uma população de 515 mil pessoas.
Criciúma, com 358 mil pessoas, e Lages, com 164 mil pessoas, atendem 22 municípios. São Miguel do Oeste atende 18 municípios; Tubarão, 17; Blumenau, 15; Içara, 13; Rio do Sul, 10; Joinville, 8 e Itajaí, 7.
Outros 15 municípios buscam atendimento no Paraná e um, Passo de Torres, no Rio Grande do Sul.
Esses dados foram divulgados de forma antecipada pelo IBGE para o Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz, com o objetivo de auxiliar políticas públicas no combate ao coronavírus.
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– É possível identificar, por exemplo, municípios onde podem ocorrer superlotação das unidades de saúde. Os órgãos poderão correlacionar com a quantidade de respiradores e verificar pontos no território menos assistidos, julgando necessário a instalação de pontos de atendimento. São Inúmeras as possibilidades de uso dos dados – disse o gerente de Redes e Fluxos Geográficos do IBGE, Bruno Hidalgo.