Luciano Kroth e Cintia Rosa Cardoso vão realizar um sonho que mexe com imaginário de corredores — e que também fascina quem não é adepto da modalidade. O casal que mora em Florianópolis está prestes a participar da Corrida de São Silvestre, marcada para a manhã do último dia do ano. Eles estarão entre os 30 mil, entre profissionais e amadores, que vão percorrer 15 quilômetros pelo centro de São Paulo, e fazem parte dos 736 atletas de Santa Catarina que estarão na prova mais tradicional do calendário do atletismo do Brasil.
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Um sonho que ganhou força há um ano e meio, quando Cintia e Luciano passaram a fazer parte de uma assessoria esportiva especializada em corrida. Acompanhar a preparação de colegas fez com que o casal se programasse para em 2018 estar presente no evento esportivo que tem cara de festa.
– Acho que todos que correm almejam participar dessa prova tão famosa e popular. Queríamos ter ido ainda no ano passado, mas éramos iniciantes. Nossa expectativa é participar com o nosso grupo, tem uma emoção maior – conta Cintia, de 42 anos, que pretende percorrer os 15 quilômetros ao lado do marido e dos amigos da assessoria esportiva.
Ela e Luciano vão estar entre os 33 corredores da Floripa Runners, que pelo sétimo ano seguido vai com grupo de alunos para a prova na capital paulista. De acordo com o diretor técnico da assessoria esportiva, Fabiano Braun, cada ano cresce o número de participantes. Foram 24 em 2018. Neste ano, 20 correrão pela primeira vez nas avenidas Ipiranga, São João, Brigadeiro Luis Antônio e outras vias de São Paulo. Todos já correram outras provas, a maioria por Santa Catarina, e vai poder curtir um fim de ano diferente, praticando um hobby.
— Os alunos que me procuram pensando na corrida como atividade física têm o desejo de participar da São Silvestre. Fazem as primeiras provas de cinco e 10 quilômetros e a seguinte é correr a prova. Por mais que em Santa Catarina tenha tantos eventos do gênero, a São Silvestre é uma das mais tradicionais do Brasil, encerra o calendário de corridas do País, é reconhecida na América do Sul, tem cobertura de televisão há muitos anos, que faz dela conhecida – explica Braun.
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Com maior parte de mulheres, o grupo da Floripa Runners chega em São Paulo ainda no sábado e tem na programação passeios por pontos turísticos antes de se juntar à massa de corredores na largada – prevista para as 9h de segunda-feira. Desta forma, entram no clima festivo que envolve a prova em que o que vale é curtir o percurso e a companhia de outros corredores — com exceção dos corredores de elite, que buscam o prêmio de R$ 92,5 mil para o primeiro no masculino e no feminino.
— A dica que dou ao iniciante é para um dia fazer a São Silvestre, uma prova para curtir a corrida, encontrar pessoas do Brasil inteiro. O corredor não busca melhorar tempo pessoal, mas em encerrar o ano com alegria. E ainda encontra grandes nomes do atletismo mundial. A organização da São Silvestre é única no mundo em propiciar este contato entre elite e amadores — dimensiona o diretor da Floripa Runners.
Primeiros na linha de chegada da São Silvestre
São os chamados corredores de elite que serão vistos na transmissão da NSC TV, a partir das 9h de segunda-feira. Os destaques brasileiros são o pernambucano Wellington Bezerra, o Cipó, melhor do Brasil na Maratona de Berlin, os mineiros Gilmar Lopes e Giovani dos Santos e o paulista Éderson Pereira, melhor local na São Silvestre do ano passado, o 12º lugar. No feminino a esperança é a paranaense Joziane Cardoso, melhor brasileira do ano passado, em 10º, a paulista Andréia Hessel e a mineira Tatiele Pereira.
Os destaques entre os estrangeiros são o bicampeão da São Silvestre Dawit Admasu (Etiópia) e de Sintayehu Hailemichael (Etiópia), vice no feminino no ano passado. Concorrem com ele um trio de quenianos: Paul Kipkemboi, Nicholas Kieter e Edwin Kipsang Rotich. No feminino, estão entre as favoritas a queniana Esther Kakuri e a etíope Birtukan Alemu.
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