Os dez catarinenses – oito moradores de São José, na Grande Florianópolis, e dois de Tubarão, no Sul do Estado – que estão em Guiné-Bissau, na costa oeste da África, e, em um primeiro momento ficaram impedidos de sair do país devido ao um golpe de estado, já aguardam um voo para Portugal. Eles estão no país para a realização de trabalho voluntário, promovido por uma congregação evangélica e devem retornar ao Brasil na quinta-feira.
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Eduardo Soares, um dos voluntários que está em Guiné-Bissau, afirmou por e-mail que a situação no país é tranquila, que todos estão em um hotel quatro estrelas com acesso à internet, comida e água.
– Neste momento estamos aguardando um voo para Portugal, a notícia é que o aeroporto está aberto e estamos esperando um voo – afirmou.
Ainda de acordo com Soares, não há violência nas estradas, as pessoas podem circular livremente pela cidade e o comércio está funcionando normalmente.
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– Não tenho relatos de outros estrangeiros que não consigam sair do país. No momento não pedimos nenhum auxílio para o consulado, pois estamos bem, apenas aguardando o voo que foi cancelado – finalizou.

O casal Estela Mônica Gimenez Falcão Martins, de 33 anos, natural de Uruguaiana (RS); e Isaac Martins, de 39 anos, natural de Florianópolis, está entre os moradores de Santa Catarina que foram à Guiné-Bissau realizar trabalho voluntário.
Turbulência política
No domingo, 15 de abril, forças militares dispersaram protestos contra o golpe de Estado em Guiné-Bissau. A manifestação pedia a libertação do primeiro-ministro do país, Carlos Gomes Júnior, que foi detido na última quinta-feira (12/04). O conflito deixou feridos.
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O primeiro-ministro era o principal candidato nas eleições presidenciais que deveriam ser realizadas ainda neste mês. Acredita-se que ele tenha sido levado para um quartel militar guineense, juntamente com o presidente interino, Raimundo Pereira.
No golpe, chefes militares de Guiné-Bissau fecharam o espaço aéreo e marítimo do país. Eles alertaram que qualquer violação das medidas terá uma “resposta militar”.

No último sábado (14), em encontro com partidos políticos locais, os militares que deram o golpe de Estado disseram ter planos de restituir o poder civil.
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A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da qual o Brasil faz parte, aprovou resolução pedindo um “plano de ação imediata” para reagir ao golpe.
O plano inclui, entre outras coisas, a constituição de uma força, mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, para garantir a manutenção da paz e da segurança, a proteção de autoridades civis e da população, a conclusão do processo eleitoral, previsto para o próximo dia 29, e uma reforma nos setor es de defesa e segurança no país.
Segundo informações do Jornal Correio da Manhã, de Portugal, um navio português foi enviado a Guiné-Bissau para buscar cidadãos estrangeiros.
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Em mapa, veja onde fica Guiné-Bissau: