O catarinense Márcio Gabriel dos Anjos Sansão recebeu uma homenagem da Marinha dos Estados Unidos, onde trabalha. Nascido em Gaspar, no Vale do Itajaí, ele teve o nome e a cidade natal gravados na lataria de um jato da corporação. Um dos trabalhos desempenhados com a aeronave foi fazer a segurança aérea do presidente Joe Biden. O jovem tem 21 anos e trabalha como plane captain.

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— Sou responsável pelos jatos quando os pilotos não estão presentes. A parte mais importante é checar o jato antes e depois que o piloto voa, checamos por danos e coisas que podem botar a vida do piloto em risco ou milhões de dólares em dano. E colocar o nome da pessoa é uma maneira que eles têm de incentivar a gente a completar todas as qualificações necessárias para o trabalho — explica.

A colocação do nome dele no avião foi feita enquanto Márcio estava em viagem. Os jatos voltaram para a base onde ele trabalha no dia 16 de janeiro, e foi quando ele viu a gravação na lataria. O do jovem catarinense está registrado agora no F/18 número 405. Embora já esperasse pela homenagem, ele não esconde a emoção.

— Foi um sentimento muito bom ter o meu nome e o nome da minha cidade natal, estado e país gravados em um jato da Marinha americana. Sem palavras para descrever o quão feliz estou — admite.

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Uma paixão de infância

O jovem saiu de Gaspar com cinco anos e se mudou para Sombrio, no Sul de Santa Catarina, onde foi criado. Apaixonado por aviação, mas principalmente por jatos, ele deixou o Brasil cedo para ir atrás de um sonho.

— Em 2018, quando tinha 16 anos, eu me mudei para os Estados Unidos com a minha mãe. Eu morei em Massachusetts por quatro anos e entrei para a Marinha. Agora moro em Norfolk, Virginia, onde a base em que eu trabalho é localizada — conta.

Márcio detalha que entrou para a Marinha dos Estados Unidos em setembro de 2022. Depois de passar por três meses de testes, ele estudou por mais dois meses para o trabalho que tem atualmente. Desde abril de 2023, atua em um porta-aviões da corporação, o USS Gerald R. Ford.

Com esse trabalho, ele visitou países como Noruega, Itália, Turquia, Grécia e Croácia. Nessa última nação, a corporação recebeu a notícia sobre a Guerra em Gaza e o porta-aviões ficou próximo a Israel. Segundo Márcio, a única atuação da estrutura no conflito foi quando Joe Biden esteve no país.

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— Somente quando o presidente dos Estados Unidos estava em Israel a gente foi responsável pela proteção dele no ar — conta.

Para 2024 os planos são ainda maiores. Márcio quer se tornar um controlador aéreo na Marinha.

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