Com sol e boas ondas de 50cm a 1m de altura, 48 surfistas estrearam nesta quinta, dia 28, no Onbongo Pro Surfing, etapa do World Qualifying Series (a segunda divisão do circuito mundial) que está sendo realizada na Praia Mole, em Florianópolis. Porém, ninguém conseguiu superar a nota 9,43 e os 17,80 pontos de 20,00 possíveis registrados pelo catarinense Pedro Norberto obtidos na quarta-feira, o primeiro dia de disputas.

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Pedro Norberto e o atual campeão brasileiro Renato Galvão avançaram juntos de novo, agora para quarta e penúltima fase das triagens. Só que eles não precisaram se esforçar muito dessa vez, pois seus dois adversários acabaram não aparecendo para competir na 14ª bateria, com o português Justin Mujica e o neozelandês Jay Quinn sendo eliminados por WO.

– Agora foi tranqüilo, um freesurf com o Pedrinho só para decidir quem ficaria em primeiro lugar na bateria e dessa vez eu venci – disse Renato Galvão, que agora vai enfrentar o australiano Dayyan Neve e o gaúcho Daison Pereira, além de novamente Pedro Norberto.

Apesar de ainda tímida, os surfistas estrangeiros esboçaram uma reação na quinta-feira, com 12 deles se classificando para a quarta rodada do Onbongo Pro Surfing. No entanto, outros 14 se despediram da disputa pelos US$ 125 mil que serão distribuídos a partir da fase em que estréiam os cabeças-de-chave.

Os brasileiros novamente dominaram as triagens. Um dos destaques foi a dobradinha catarinense dos jovens William Cardoso e Davi de Jesus sobre o sul-africano Daniel Redman e o espanhol Aritz Aranburu, na décima bateria da terceira fase.

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– Eu até agradeço a ajuda do William, porque eu precisava trocar uma nota baixa de dois e pouco. Ele não deixou passar uma onda para mim Aí eu falei à ele que a casa caiu. Ele parou de manobrar e foi lá para marcar os gringos. Eu fui atrás também, marcamos juntos e deu Santa Catarina na cabeça – afirmou Davi de Jesus, de 23 anos.

– A bateria foi muito boa. O Davi começou bem com uma nota 8, depois consegui achar duas boas ondas e foi muito legal dois catarinenses passarem juntos para a próxima fase, estou bem feliz – disse William Cardoso, de 18 anos.

Já o carioca Simão Romão venceu sua bateria, e o melhor do dia foi o paulista Hizunomê Bettero, que tirou uma nota 9,17 e somou 17,00 pontos em sua primeira apresentação na quinta-feira, mas na quarta fase acabou eliminado pelo sul-africano Royden Bryson e pelo paulista Beto Fernandes.

Entre os estrangeiros, o melhor até agora é o espanhol Kepa Acero, que derrotou o australiano Bede Durbidge, com os dois despachando os cariocas Daniel Hardman e Anselmo Correia. Acero recebeu nota 8,80 em sua melhor onda e totalizou 14,90 pontos, a quinta maior soma dos dois primeiros dias de disputas na Praia Mole.

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Entretanto, a competição começa a esquentar mesmo a partir desta sexta-feira, quando serão realizadas as oito baterias restantes da quarta fase e as 16 da quinta e última fase das triagens.

Quem entra nessa batalha final pelas 32 vagas para a chave principal do evento é o defensor do título do Onbongo Pro Surfing Patrick Beven, surfista nascido no Rio de Janeiro que há muitos anos mora na França, país que representa no circuito mundial de surfe profissional.

– Só cheguei na quarta-feira à tarde aqui no Brasil e ainda nem cai na água. Tive uma contusão no joelho neste ano lá na África do Sul, mas já estou recuperado e espero conquistar outro bom resultado aqui na Praia Mole – contou Patrick Beven, que no ano passado derrotou três tops do WCT na grande final: o havaiano Bruce Irons e os australianos Lee Winkler e Tom Whitaker.