Na próxima semana, a indústria náutica catarinense Schaefer Yachts coloca no mercado a Phantom 600, uma lancha de alto padrão com 60 pés. Antes mesmo deste lançamento, a empresa trabalha em outra grande novidade: o Phantom 800, maior iate de luxo já fabricado com tecnologia nacional.
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Com 80 pés, o comprimento do modelo equivale a 6,25 carros Gol enfileirados. A fôrma para a produção já desembarcou no Porto de Itajaí e chega à unidade de desenvolvimento de novos produtos, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, também na semana que vem.
A Phantom 600 era o projeto mais audacioso da Schaefer Yachts, por ser o primeiro modelo de 60 pés da fábrica, com design de padrão internacional. De acordo com o presidente da Schaefer Yachts, Márcio Schaefer, a primeira unidade está em processo de acabamento e deve realizar testes na água na semana que vem. O modelo será lançado, oficialmente, no Rio Boat Show, exposição náutica marcada para o final de abril.
– Já vendemos cinco Phantom 600. Apenas uma vai ficar em Santa Catarina. As outras foram vendidas para fora do Estado – afirma Schaefer.
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Ao preço de R$ 5 milhões, o barco possui três suítes, revestimento em mármore nos pisos e balcões e sete aparelhos de ar-condicionado.
Terreno para nova fábrica está embargado
Mas o grande lançamento, diz Schaefer, será mesmo a Phantom 800. A lancha de 60 pés navega a uma velocidade de 32 nós, 50 a 55 km/h. Já a Phantom 800 foi projetada para ser maior, mais luxuosa e mais rápida. Atingirá 40 nós, entre 60 e 65 km/h. O modelo custará R$ 7 milhões (o preço de 229 carros Gol).
A Schaefer Yachts tem ferramental e capacidade para produzir uma lancha Phantom 600 por mês. Já a Phantom 800, que será mais artesanal, a empresa pretende fabricar apenas cerca de quatro unidades por ano.
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A fábrica de Biguaçu da Schaefer Yachts, que tem sede em Palhoça, foi concebida para ser apenas uma unidade de desenvolvimento de produtos. Mas está sendo utilizada como unidade de produção porque o terreno comprado pela empresa para uma nova fábrica, de 60 mil metros quadrados, também em Biguaçu, foi embargado por questões ambientais.
– Investimos R$ 10 milhões nesta unidade de desenvolvimento e pretendíamos injetar mais R$ 15 milhões na outra. Agora, temos que trabalhar em galpões de lona porque não conseguimos levantar a nova fábrica. O governo não ajuda, só atrapalha, porque ainda por cima financia barcos produzidos na Itália. Hoje, pago o dobro de ICMS para produzir aqui em SC e gerar mais empregos do que quem importa uma lancha – reclama Shaefer, referindo-se à concorrente Azimuth, instalada em Itajaí.
A empresa tem 600 funcionários e pretende abrir 300 vagas com a nova fábrica. Mas aguarda a decisão da Justiça para desembaraçar o entrave do terreno. Schaefer conta que ficou com um equipamento parado um ano inteiro por causa do problema e adiou projetos por mais de três anos.
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– Este governo trabalha para o seu próprio bolso – ataca.