Catarinense perdido em São Paulo pede ajuda para retornar para casa

Foi fazendo um trabalho voluntário, entregando sopas nas noites frias do litoral paulista, que a gerente comercial Luana Dias encontrou o rapaz que lhe pediu ajuda. Ele está na cidade de Praia Grande, na Região Metropolitana da Baixada Santista e quer voltar pra casa, em Itajaí, em Santa Catarina.

– Como de costume eu e minhas amigas, saímos pra rua para entregar sopa e agasalhos aos moradores de rua. E este rapaz pediu para que tirasse uma foto dele e divulgasse na internet – lembra Luana

A esperança do rapaz era que a foto chegasse até a família dele. Ele tem 27 anos, perdeu os documentos e não consegue voltar para Itajaí. O rapaz que se expressa bem, não quis falar muito sobre a sua vida, mas deixou escapar que já está longe de casa há pelo menos dez anos e teme voltar e não encontrar mais seus parentes.

Como combinado Luana publicou a foto que logo chegou a mais de 300 mil compartilhamentos no Facebook. Com a repercussão pela internet, na quarta-feira, Luana voltou ao local e conversou com o rapaz que se chama Donizete. Empolgada, ela contou a ele que a foto estava sendo bem divulgada e já tinha, naquele dia, mais de 100 mil compartilhamentos. Ele abriu um sorriso e disse:

– Nossa que legal, mas o que é compartilhamento?

Luana sorriu e explicou para ele como funciona o compartilhamento de informações pelo Facebook, o que deixou o rapaz cheio de esperanças.

– Ele queria ir embora para São Paulo, mas depois da nossa conversa disse que iria ficar para esperar por notícias – lembra.

Informada do apelo pelas redes socias, a equipe de busca do SOS Desaparecidos da Polícia Militar, em Santa Catarina, foi acionada e localizou os familiares do rapaz na tarde desta quinta-feira. A entidade agora estuda a melhor maneira de trazê-lo de volta à família.

Em São Paulo, Luana conta que ela e mais quatro amigas foram motivadas pela forte onde de frio que faz na região quando decidiram há um mês entregar sopas e agasalhos aos moradores de rua. Ela diz que sente um pouco de receio, mas o trabalho voluntário está sendo muito gratificante.