O catarinense Márcio May, da equipe Memorial/Santos, conquistou neste domingo, dia 18, o bicampeonato da Volta Internacional do Rio de Janeiro, uma das três competições de ciclismo mais importantes das Américas e que reuniu atletas de 12 países.

Continua depois da publicidade

A disputa teve 454,5 quilômetros (com o vencedor completando o percurso em 10h39min27s), divididos em seis dias, e nível 2,3 no ranking da União Ciclística internacional (UCI). A competição também valeu vagas para as Olimpíadas de Atenas.

Junto com o título de May, o Brasil comemorou a participação da seleção nos Jogos Olímpicos, com três atletas. Foram 953 pontos, levando o país da 29ª para a 27ª colocação (estão classificados os 30 melhores).

Além do bi, May reconquistou a liderança do ranking nacional e passou a ser o melhor brasileiro no ranking mundial da UCI. Antes estava em 563º lugar e agora deve subir cerca de 200 posições, com os 125 pontos conquistados nesta Volta (no total soma 214).

Na disputa pelo título ele contou com um trabalho perfeito de equipe e apenas “controlou” os adversários na quinta e decisiva etapa, entre Niterói e o Aterro do Flamengo, para erguer a taça.

Continua depois da publicidade

Ele tinha como grandes rivais Luís Amorim e Breno Sidoti, ambos da Scott/ Marcondes Cesar/ Fadenp, de São José dos Campos. A vantagem era de 15s para Luisão e de 19s para Breno.

Como a etapa foi curta, com apenas 48 quilômetros e com um longo trecho de reta, os 13 quilômetros da Ponte Rio-Niterói, a estratégia da Memorial foi pedalar forte todo o tempo, evitando “fugas”.

Todos competidores chegaram juntos, completando a prova em 35min21s. O vencedor da etapa final foi o cubano Gil Cordoves, da equipe americana Toshiba/ Aeroespace.

A liderança do torneio começou a ser traçada por May na etapa de contra-relógio, quando deu show de força, mesmo errando o caminho. Na prova seguinte, a de montanha, considerada a mais dura, abriu a vantagem sobre os rivais, com uma escapada no final.

Continua depois da publicidade

– Como tinha falado, aqui iria vencer quem fosse mais regular. Deu tudo certo. O objetivo desde o início do ano era a Volta do Rio, por sua importância e também pensando em Atenas – afirmou o catarinense.

May foi, neste próprio domingo, para Aparecida do Norte, onde foi pagar a promessa feita quando a equipe visitou a Basílica, na viagem de ida para o Rio.

– Vou deixar a camisa amarela de líder, que é sempre muito cobiçada por todos. Fiz uma promessa que se não tivesse nenhum acidente, problema mecânico ou queda, eu iria levar a camisa – contou.

Aos 31 anos de idade, May é ciclista de Salete (SC), mora em Brusque e compete por Santos.

– Minha expectativa é total para a minha terceira Olimpíadas. Fiz a minha parte. Agora só depende da Confederação Brasileira – disse, que deve ter como companheiros de seleção o paranaense Luciano Pagliarini e o também catarinense Murilo Fischer, ambos competindo como profissionais na Itália.

Continua depois da publicidade