Em agosto de 2023, o catarinense André Marcheto Silva Cazado foi diagnosticado com leucemia. Desde então, são sessões de terapia, cirurgias e internações frequentes. Mesmo assim, a doença não entrou em remissão, necessário para que ele passe por um transplante. A esperança, agora, é um remédio que não é vendido no Brasil, e cuja dose custa cerca de R$ 120 mil.

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Para conseguir comprar ao menos a primeira dose (outras podem ser necessárias), o catarinense e a esposa, Marianne Kreusch, estão arrecadando dinheiro em uma vakinha virtual. As doações podem ser feitas via PIX (chave no final da matéria).

Remissão é necessária para transplante

André até conseguiu um doador de medula compatível, mas o transplante só pode ser feito quando a leucemia linfoide aguda atingir remissão, ou seja, a medula óssea precisa conter menos de 5% de células blásticas, as taxas sanguíneas ficarem dentro dos limites normais, e não existirem sinais ou sintomas da doença.

É isso que o medicamento, a Nelarabina, promete. Mas ele não é vendido no Brasil, e cada dose custa, em média, R$ 120 mil. Isso se André conseguir o objetivo apenas com uma dose, mas outras podem ser necessárias.

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Diagnóstico

Marianne conta que o diagnóstico do marido foi “do nada”. Em agosto, André começou a perceber que não estava enxergando direito. Buscou um oftalmologista e outros especialistas até chegar na conclusão: leucemia linfoblástica aguda, e grave.

A dificuldade na visão era sintoma da doença. Havia tantas células de sangue (leucócitos) no corpo dele, que o sangue já não conseguia passar pelas veias do olho.

Ele fez um exame de sangue no dia 12 de agosto, e duas horas depois recebeu uma ligação informando que ele precisava ser internado. A alta concentração de células no sangue poderia causar um problema, como um derrame, a qualquer minuto.

— Entre idas e vindas, a gente ficou cinco meses no hospital — conta Marianne. — Esses últimos meses parecem que foram três anos para a gente.

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Com o diagnóstico, logo vieram as sessões de quimioterapia. Mas a cada sessão, quando a imunidade de André baixava, vinha também uma infecção, uma febre, uma dificuldade, enfrentada por ele e por Marianne, que acompanha o marido durante o tratamento.

— Estamos juntos há 15 anos (quase metade da minha vida), então vou fazer tudo possível, porque nós somos unha e carne.

Esperança na medicação

Até então, apesar dos problemas, a quimioterapia cumpria sua função: a cada sessão, a doença diminuía. Mas a última sessão não funcionou, a leucemia se manteve mesmo com a medicação. Isso fez com que André parasse as sessões, que já não adiantavam, pelo contrário, só trariam mais riscos de novas infecções.

Recentemente, André foi para casa, e continuou com medicação oral para tentar estabilizar a doença. Enquanto isso, um doador compatível foi encontrado. O processo para comprovar a compatibilidade ainda está em andamento, e se comprovada, o transplante pode acontecer, em Curitiba.

O ideal, no entanto, é que o transplante seja feito com a doença em remissão, e é aí que o medicamento entra. Marianne é bióloga, e descobriu esta possibilidade fazendo pesquisas. Os médicos que atuam no caso de André apoiaram a ideia.

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A medicação pode ser pedida via plano de saúde, mas isso demoraria. E cada dia é crucial para André. A expectativa é que eles possam fazer a compra da Nelarabina ainda nesta quarta-feira (10). A ideia é que ele receba ao menos a primeira dose, e ganhe tempo para poder fazer o pedido pelo plano das próximas doses.

— Ele tomaria uma dose a cada 21 dias até atingir a remissão ou até fazer o transplante — explica Marianne.

Como ajudar

As doações podem ser feitas via PIX, direto na conta de Marianne. A chave é o número de celular: 48984182341.

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