Foi de arrepiar. João Zeferino começou com o pé direito a sua carreira no UFC. Estreante no evento, o lutador de Floripa fez levantar e provocou uma gritaria do público na Arena Jaraguá na pesagem ao entrar carregando uma bandeira de SC. Foi mais de meio caminho para contar com o apoio da torcida local. Neste sábado, no UFC Jaraguá, Zeferino encara o brasileiro Rafael Sapo na categoria pesos médios (até 84kg).
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– É muita emoção, é meu primeiro UFC. Não é nem um sonho porque estou realizando ainda – comentou.
Zeferino é a tranquilidade em pessoa, dentro do octógono ou em conversa no hall do hotel. É assim desde os 16 anos, quando começou nas artes marciais. A pressão de estrear no maior evento de MMA do mundo não mexe com a cabeça do manezinho. Também por isso, ele ganhou o apelido de Brazilian Samurai.
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A chamada repentina para o UFC – há apenas duas semanas – não mudou a rotina do atleta, que dá aulas e treina em Floripa e Balneário Camboriú.
– Treinei muito bem, com muita precisão nos golpes. A cabeça está melhor ainda.
Mãe só vai assitir quando acabar
Na sexta-feira, Zeferino reencontrou a namorada, Aline Abreu, e ganhou ainda mais apoio. A concentração para o combate não faz o lutador mudar o semblante sereno.
Para a luta, ele contará com a torcida da família e a oração da mãe, dona Rose, que mora em Floripa. Nem a curta distância até Jaraguá do Sul (170 km), nem a transmissão para o mundo todo a fazem mudar de ideia. Ela só vai assistir a luta do filho após saber o resultado. Superstição materna. Melhor não contrariar.
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Chance veio após lesão
A oportunidade de lutar no UFC apareceu no dia 2 de maio, quando o empresário Alex Davis comunicou Zeferino sobre uma vaga, com a lesão do lutador do Chipre Costa Philippou.
– Eu já estava treinando forte antes do convite – disse o lutador à Hora.
Confira entrevista com o representante catarinense no UFC Jaraguá do Sul
Hora – Como foi a recepção do UFC?
João Zeferino – Todo mundo foi muito receptivo, desde o pessoal do hotel até o staff (equipe) do UFC. Está sendo muito legal.
Hora – O que o público pode esperar da tua luta?
Zeferino – Omelhor possível. Quero o bônus de melhor luta, melhor nocaute ou finalização (vale R$ 100 mil cada um). Eu vou buscar a vitória o tempo todo. Mas não vou prometer vitória porque isso dá azar.
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Hora – Espera a torcida do teu lado?
Zeferino – Quero chamar todo mundo pro meu lado. Vou lutar em casa, representando o meu estado, quero todos comigo!
Hora – Já está sendo reconhecido nas ruas?
Zeferino – Está começando e depois dessa luta eu acredito que vou ser mais.