Depois de dois dias de chuva e frio, o sol finalmente apareceu na quarta-feira para o início da etapa brasileira do WCT feminino, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. As ondas diminuíram para 1 metro de altura, mas apresentando boa formação. As condições foram suficientes para que a catarinense Jacqueline Silva arrancasse a maior nota do dia: 7,75. Jacque, assim como as cearenses Tita Tavares e Silvana Lima, classificou-se às oitavas-de-final da competição.
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Jacqueline Silva derrotou a defensora do título do Billabong Girls Pro no Brasil, Samantha Cornish, além da também australiana Melanie Redman-Carr, que ganhou a briga pela segunda vaga por 15 décimos de vantagem.
– Foi uma estréia difícil, porque a condição do mar está bem complicada, muita correnteza, está difícil de achar as ondas e dei sorte de começar bem. Minha primeira onda praticamente garantiu a vitória e estrear com vitória é sempre bom – disse Jacqueline Silva, que espera a realização da repescagem para saber quem será sua adversária nas oitavas-de-final.
– Tomara que o mar melhore para ficar mais bonito o campeonato. Foi uma maravilha essa mudança aqui para o Rio de Janeiro, fazia quase 10 anos que não tinha WCT feminino aqui e acho que na real pode ser em qualquer parte do país, mas o importante é que tenha uma etapa do WCT aqui no Brasil para a gente poder competir em casa também – completou a catarinense.
Para garantir sua vaga na terceira fase, a cearense Tita Tavares derrubou uma top, a havaiana Melanie Bartels. Tita participa do torneio como convidada, por ter conquistado o quarto lugar na final da etapa do WQS que rolou na Barra na última semana. A tetracampeã brasileira somou 7,75 pontos, contra 7,35 da top do WCT. Com isso, Tita volta a enfrentar Stephanie Gilmore num confronto direto nas oitavas-de-final.
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– Ela já começou bem e foi difícil alcança-la, mas dei o máximo de mim para passar direto. A condição do mar não está fácil, muito balançado, correnteza, então não dá para saber qual onda pode ser boa, mas dei uma pressão ali na havaiana, mantive a calma e deu tudo certo – falou Tita.
Já a cearense Silvana Lima venceu a última bateria do dia, contra as australianas Jessi Miley-Dyer e Nicola Atherton. Silvana foi a terceira melhor do mundo no ano passado e é a sexta deste ano.
– Fui bem no WQS, fiquei na semi, não deu para ir para a final, mas estou confiante de poder conseguir isso agora no WCT, que é a competição que vale mesmo título mundial – falou Silvana Lima.
O Billabong Girls Pro Rio tem prazo até o dia 18 para ser encerrado, mas deve acabar antes para aproveitar as boas condições do mar desta semana. Uma primeira chamada para as duas baterias da repescagem e as oitavas-de-final foi marcada para as 8h30min desta quinta-feira na Barra da Tijuca.
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No entanto, as disputas podem até ser transferidas para a Praia da Macumba, que é mais protegida do vento e, consequentemente, as ondas apresentam melhor formação. Mas, a decisão do local da prova na quinta-feira só será conhecida na reunião da comissão técnica.