Catarinense integrante da Cruz Vermelha ajuda pessoas em abrigo na Flórida, atingida pelo furacão Irma

O empresário Alexandre Danielli, natural de Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, trabalha na Cruz Vermelha e ajuda na coordenação de um abrigo instalado em uma escola de Fort Lauderdale, na Flórida (EUA), durante a passagem do furacão Irma. Cerca de duas mil pessoas começaram a se abrigar no local na última sexta-feira (08).

Em entrevista à NSC TV, Alexandre relata as dificuldades encontradas após a passagem do fenômeno.

— A gente está aqui no escuro, são mais de quatro milhões de clientes que estão sem luz no Sul da Flórída — relatou o catarinense.

Segundo Alexandre, quando os fortes ventos começaram, formaram-se tornados na região de Miami, onde o empresário catarinense mora. O medo era de que um deles fosse na direção onde eles estavam.

— O barulho do lado de fora parecia de uma turbina de avião, com explosão de transformadores, alarmes de carro, carro voando batendo um no outro. Foi um pesadelo — disse o integrante da Cruz Vermelha.

Mais de 180 mil brasileiros moram no Sul da Flórida, além daqueles que estão fazendo turismo na região. Até o momento do depoimento, Alexandre já havia entrado em contato com 58 catarinenses, tentando buscar atualizar a situação deles.

As informações sobre o desastre natural chegam à população pelas emissoras de rádio. A partir do momento em que forem liberados do abrigo — havia a previsão de que isso pudesse acontecer nesta segunda-feira —, será possível fazer uma avaliação mais detalhada dos estragos causados pelo Irma na região.

Alexandre Danielli foi fuzileiro naval nos Estados Unidos, e já trabalhou após a passagem de outros furacões. Desta vez, é a primeira vez que ele enfrenta o fenômeno “cara a cara”, como parte da equipe da Cruz Vermelha.

— Foi uma lição de vida para nós catarinenses, que ás vezes passamos por enchentes. Nós temos muito o que aprender com tudo isso — comentou o empresario, sobre as ações preventivas tomadas pelas autoridades locais, em um processo que ele considerou “extremamente organizado”.

Ouça a reportagem de Leandro Lessa, para a CBN Diário: