“O sonho de qualquer atleta é jogar com o estádio lotado”, conta a goleira do Internacional Gabi Barbieri. A catarinense de 19 anos chega em sua primeira final de Brasileirão e já viveu uma partida histórica. No primeiro jogo da decisão, mais de 36 mil torcedores compareceram ao Beira-Rio para assistir Internacional e Corinthians, chegando ao maior público da história do futebol feminino no Brasil.
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Ter a torcida ali foi incrível, a festa foi linda no Beira-Rio. Eles [torcedores] nos ajudaram bastante para que a gente fizesse um grande jogo. Estavam incentivando o tempo todo e foi uma grande partida.
Gabi Barbieri, catarinense na final do Brasileirão feminino
Apesar do jogo ter terminado em 1 a 1, os times mantiveram um ritmo intenso durante as duas etapas. O resultado deixou tudo em aberto para a volta, que será disputada sábado (24) na Arena Neo Química, em São Paulo.
Barbieri avalia que a próxima partida não será fácil, mas que ela e toda a equipe estão preparadas. “No início do ano a gente colocou nos objetivos chegar na final e a gente conseguiu. Claro que a gente quer mais, a gente quer o título”, completa.
Família de goleiros
Gabriela Kasper Barbieri, conhecida como Gabi Barbieri, nasceu em Descanso, no Extremo-Oeste de Santa Catarina. O exemplo para seguir no futebol veio de casa. Seu pai e sua mãe foram goleiros durante um tempo. Além deles, o irmão também é goleiro, mas de futsal.
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Criada neste ambiente futebolístico, Barbieri começou a jogar com uns 5 anos de idade. De início, ela queria seguir na linha e os pais a incentivaram. “Eles me falavam para não ir no gol, porque não é uma profissão fácil”, comenta a atleta. A mudança de posição aconteceu de forma natural. Durante os treinos, resolveu fazer um teste no gol e nunca mais saiu. Ser defensora já estava no seu DNA.
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Como a maioria das meninas, ela começou no futsal e a transição para o campo aconteceu quando já era mais velha. Em 2017, aos 14 anos, Gabi Barbieri foi para o seu primeiro clube, a Chapecoense. Com a equipe catarinense, foi campeã brasileira sub-17.
– A transição da quadra para o campo foi um pouco difícil, mas consegui me adaptar rápido e me encantei mais pelo campo do que pelo futsal.
Desde 2020, a goleira mora em Porto Alegre e treina com o Internacional.
Ano de conquistas
O ano de 2022 tem sido de muitas conquistas para Barbieri. Aos 19 anos estreou com a equipe profissional do Internacional e chegou na final do campeonato brasileiro, sendo essa a primeira vez que a equipe de Porto Alegre avança até essa fase do campeonato. Além disso, foi campeã sul-americana com a seleção sub-20 e ficou em terceiro lugar na Copa do Mundo sub-20.
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– Acho que tem sido um ano muito bom profissionalmente. Me fez crescer como pessoa e estou muito feliz por estar vivendo tudo isso.

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Também em 2022, a goleira foi convocada para a seleção feminina principal. Falta menos de um ano para a Copa do Mundo Feminina, que será disputada na Nova Zelândia e Austrália. Sobre essa competição, Barbieri tem muitas expectativas, seja pela mudança de geração de jogadoras ou até mesmo para ser convocada.
– Vou torcer muito e vou me esforçar, treinar, para que talvez eu esteja presente. Mas independente de quem estiver, eu vou estar na torcida. É a torcida para a modalidade.
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Saiba mais sobre a final Corinthians e Internacional
As equipes se enfrentam no sábado (24), na Arena Neo Química, em São Paulo, às 14 horas. A partida será transmitida nos canais Band e SporTV e no serviço de streaming Eleven Sports.
O Corinthians é o atual campeão brasileiro e detentor de três títulos, além disso está na sua sexta final consecutiva. Já o Internacional vai em busca do seu primeiro título no Brasileirão. Independente do resultado, as duas equipes já estão classificadas para a Libertadores de 2023, visto que o primeiro e segundo colocados do campeonato garantem vaga para a competição.
Se o primeiro jogo no Beira-Rio já bateu recorde de público, o Corinthians divulgou que mais de 39 mil ingressos foram vendidos para a partida de sábado. É possível que mais uma vez, o estádio fique lotado para acompanhar uma partida de futebol de mulheres.
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