Se há alguns anos as mulheres praticantes de futebol eram vistas com ares de preconceito, o crescimento do esporte no Brasil esbarra agora em outro problema. Enquanto aumenta o número de adeptas, as competições oficiais ainda engatinham – como o Campeonato Catarinense Feminino de Futebol. Em sua segunda edição, o único campeonato estadual da categoria começa no dia 25.
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A julgar pela quantidade de participantes, o esporte tem ganhado força. Todas as cinco equipes que disputaram o título estadual em 2007 retornam para a disputa e se juntam a outros sete participantes, algumas representantes de clubes tradicionais como Joinville, Avaí e Kindermann. Os 12 times foram divididos em dois grupos regionais e jogam em turno e returno a partir de 25 de maio.
A promessa da Federação Catarinense de Futebol (FCF) de manter a disputa nos próximos anos acendeu o interesse de outros clubes. É o caso do Joinville. Em outubro, a diretoria iniciou a montagem de uma equipe adulta.
A quantidade de jogadoras interessadas surpreendeu: mais de 70 mulheres se inscreveram, interessadas em jogar no tricolor. Após uma peneira, 42 continuaram e compõem o plantel que irá aos jogos.
– Não há um limite de inscritas, mas somente 18 são relacionadas por jogo. Temos um grupo grande e com qualidade técnica, o que nem dava para imaginar há alguns anos – explicou o técnico do JEC, o ex-jogador Zé Carlos Paulista.
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Outras cidades catarinenses também investiram. A Associação Desportiva Olympya, de Jaraguá do Sul, manteve o grupo campeão do Catarinense no ano passado e é novamente apontada como uma das favoritas. O Scorpions, de São José, atual vice-campeão e representante do Estado na Copa do Brasil do ano passado, também continua.