Catarinense disputa primeira medalha entregue na Olimpíada

O que você faria para diminuir o nível de estresse? A catarinense Rosane Budag buscou no tiro esportivo a solução para isso. Só que a coisa ficou séria e ela se tornou uma atleta profissional na modalidade.

Natural de Blumenau, hoje, com 42 anos, ela vive em Curitiba onde se prepara para sua primeira Olimpíada.

“Eu trabalhava primeiro como gerente financeira em uma multinacional e eu vivia bastante estressada. Nasceu meu segundo filho e tive que parar de trabalhar. Eu não sabia ficar em casa. Então, fui ao clube dar um ‘tirinhos’ para desestressar, para fazer alguma coisa de tarde. Esse era o meu momento. Daí, em seis meses, eu bati o recorde brasileiro.”

Na manhã do dia 6 de agosto, Rosane Budag compete pelas primeiras medalhas que serão entregues na Olimpíada. Ela representa o Brasil na prova de carabina de ar de 10 metros e por isso não vai participar da cerimônia oficial de abertura dos jogos na noite anterior.

“A minha é a primeira prova que disputa medalha na Olimpíada. O tiro tradicionalmente é a modalidade que abre o quadro de medalhas. E sempre é a prova de ar comprimido, que é a minha. Dia 6 às 8h já começa nossa competição. Infelizmente vou ficar de fora da cerimônia de abertura dos jogos. No tiro não tem como porque exige muito treinamento e concentração. Então, não dá para fazer festa e bagunça na noite anterior, porque realmente a abertura tira todo o foco do dia seguinte.”

A catarinense namora o também atleta Felipe Wu. Ele é um dos favoritos à medalha na modalidade. Em 2016, Felipe conquistou duas etapas da Copa do Mundo e é o quinto colocado no ranking mundial. Rosane valoriza não só o trabalho do companheiro, mas também de toda a equipe brasileira.

“Só o fato de participar de uma Olimpíada no Brasil, eu já acho incrível. Para um atleta que dedica tantos anos da sua vida abrindo mão de um monte de coisa, de vida social, de amigos, para chegar numa Olimpíada, conseguir isso já é um grande mérito. Mas fora isso a gente tem feito um bom trabalho. A equipe brasileira tem treinado bastante, inclusive fora do país para dar uma melhorada na qualidade técnica. E eu acredito que a gente tem chance de medalha.”

Rosane Budag compete em dois dias na Olimpíada. No dia 6 de agosto às 8h, ela participa na prova de carabina de ar de 10 metros, e no dia 11 a disputa é carabina três posições. Nessa prova, a atleta fica a 50 metros do alvo e atira 20 vezes deitada, 20 vezes ajoelhada e 20 de pé.